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sábado, 3 de março de 2012

Faça suas escolhas antes que você tenha que tomar uma decisão.



Feliz é aquele que pode escolher!

Quando Oswald de Andrade sintetiza o clima da época ao afirmar: “Não sabemos o que queremos, mas sabemos o que não queremos” era uma questão de escolha ou decisão?
Escolher significa planejar, estar atento aquilo que vai acontecer no futuro, estar “antenado” com o que se passa aqui e acolá e conectar seus sentimentos e percepções de HOJE com o AMANHÃ. Escolher é menos traumático que decidir, faz menos barulho e pode ser até um exercício uníssono. Quando trabalhamos nossas idéias coordenadamente, com certa antecedência, acumulando dados e tratando-os para se tornarem informações, estamos nos dando a chance de escolher. Escolher é ter opção!
Quando deixamos de atender um chamado no seu tempo certo estamos retirando a chance de escolher o melhor momento para executá-lo, estamos colocando estresse e comprometimento extraordinários para a execução daquela tarefa. Escolher está ligado ao livre-arbítrio ou juízo livre.


Do Latim COLLIGERE, “escolher”, formado por COM, “junto”, mais LEGERE, “catar, colher”. O verbo relativo a ela é “escolher”.

Decidir quase sempre é traumático, implica em secção, corte ou segmentação de uma forma radical e quase sempre derradeira. Quando ainda há uma chance mesmo depois da decisão, vira opção ou escolha novamente. Pode parecer confuso, pois toda escolha implica numa decisão, mas a verdade é que nosso cérebro encara esta situação de forma diferente. Isso não quer dizer que tomar decisão seja ruim ou errado, é parte do processo porém é a sua última etapa.

Do Latim DECIDERE, “determinar, definir, decidir”, formado por DE-, “fora”, + CAEDERE, “cortar”. Muitas vezes uma decisão implica em cortar fora uma das possibilidades. Não precisamos dizer que “decisão” é outra derivada.

Por conta de nossa origem ou por evolução natural somos levados a buscar alternativas que nos permitam seguir este ou aquele caminho e na nossa vida profissional não é diferente. Poucos são aqueles que escolheram o que querem fazer e tempos depois ainda fazem aquilo que escolheram. Lembro de uma conversa com um senhor de 100 anos que me disse no seu bom sotaque arrastado para o italiano: “Na minha vida escolhi servir o Exército, escolhi ser relojoeiro, escolhi a mulher com quem me casei. Só fiz boas escolhas! Toda vez que tive de decidir por conta de não ter dado a devida atenção ao momento da escolha, só fiz merda!”.

Feliz é aquele que escolhe mais que decide!