Nestes tempos de Copa do Mundo somos todos técnicos, jogadores, auxiliares técnicos, repórteres e grandes torcedores da nossa e da seleção do técnico. A nossa vem primeiro até que saia a convocação, daí em diante passa a ser chamada a seleção do Parreira, do Zagallo (confesso que não sei se o original é com um ou dois “éles”) ou atualmente a seleção do Dunga. Muito se fala e se cobra daqueles que são chamados a representar a nossa nação em uma das competições que mais mexem com o sentimento nacionalista, a Copa do Mundo. No nosso caso tendo mais de 180 milhões de torcedores, pouco se comparado à China, mas muito se comparado à tradição, responsabilidade e cobrança que exercemos sobres os nossos representantes. Para nós um segundo lugar beira a desonra, não tem qualquer significado mesmo que o nosso adversário seja superior durante os 90 minutos. Somos cruéis e implacáveis não deixando sequer que as nossas mágoas, por não ver um determinado jogador de nossa preferência ser chamado a participar do grupo, passem despercebidas nos nossos comentários sobre o atual time. Queremos sempre a nossa seleção, a minha seleção. Tudo bem, isso é apaixonante mesmo. Mexe com o nosso instinto mais evolutivo que é o de sobrevivência.
"Quem nunca falhou numa estréia que atire a primeira pedra". É certo que mesmo com toda a preparação, com os resultados, com a estatística a favor, não queremos ver um placar tão magro e com um gol do inimigo no final. E se fosse de virada? Aí seria um placar motivador e representativo, do jeitinho que gostamos de ver a nossa seleção se apresentar em qualquer situação. Hoje pude ver o quanto a seleção demonstrou estar bem preparada psicologicamente por sua equipe técnica e, sobretudo, convicta de que a liderança Dunga tem feito bem aos jogadores. É visível o crescimento de jogadores como Juan, Michel Bastos (jogando contra o fantasma Roberto Carlos que foi imortalizado na posição), Lúcio e do craque Maicon que veio para substituir ninguém menos que Cafú. Robinho correu com a disposição de uma pelada de várzea, estava em todos os lugares. Outros craques já não foram tão bem diante de um adversário que parecia se multiplicar protegendo a sua meta, os coreanos cortaram quase todos os passes e chutes que iam em direção ao seu gol. Em alguns momentos achei que tinham uns dois jogadores a mais e só na defesa!

Vencemos o primeiro desafio neste torneio ingrato que é a Copa do Mundo. Temos muito que aprimorar e acho até bom que Kaká, Luís Fabiano, Gilberto Silva e Lúcio não tenham se destacado nesta partida, pois assim tenho a certeza que dias melhores virão.
E você? Já foi colocado à prova durante a sua estréia? Como foi seu comportamento? Você apresentou os resultados que a sua torcida esperava? Alguém te criticou? Como foi a sua estréia? Pense nisso neste clima de euforia que é a Copa do Mundo e tire proveito dos ensinamentos que estas histórias podem te passar.
Até a próxima partida e espero escrever sobre as vitórias do Brasil do início ao fim desta Copa do Mundo 2010.
Rumo ao Hexa!!!
Graduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor... |
0 comentários:
Postar um comentário