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terça-feira, 29 de junho de 2010

Brasil 3 x 0 Chile: o sonho do HEXA está de volta!


                                     É GOOOOOOOOOOOOOL do Brasiiiiiil !

Pensei que esse grito de gol ia ficar preso na garganta por muito mais tempo. Não estou falando de um grito qualquer não, estou falando de um grito com vontade de gritar pra valer. Do tipo daquele que o Adriano fez na final contra a Argentina, lembra? Ou daquele que o Lúcio fez contra os EUA. Muito bom, não? É certo que podia ser até uma goleada mais dilatada, porém foi o suficiente para nos encher de esperança e acalmar o nosso técnico Dunga e seus xingamentos “entre lábios” que viraram notícia em todo o mundo. Acho que ele foi orientado a assumir o seu papel de líder do grupo e está mantendo a calma mesmo diante de tanta pressão dos jornalistas. Parabéns Dunga!


Nestes jogos o que mais me impressiona é a nossa defesa (além das vuvuzelas, é claro!) que tem se comportado muiiiiiiiiito bem. O Lúcio está dominando o pedaço e saindo com uma leveza de impressionar a qualquer um torcedor dos mais moderados aos mais céticos. Juan fez um golaço mesmo depois de ter que se desvencilhar do Lúcio (ele está em todas!). Luis Fabiano não perdoa, é implacável naquele pedaço do campo e Robinho desencantou. Cheguei a comentar do estado de tensão que está transparente no rosto dele. Relaxa garoto! E pedala também!

A decepção continua sendo o Kaká que ainda está devendo uma partida daquelas que ele costumava nos presentear. Muito nervoso e batendo demais nos adversários pode desse jeito, ficar de fora em um momento mais delicado ou decisivo em que o time precise dele. Tem direcionar as forças para a Jabulani e não para o tornozelo dos adversários. Bate nela Kaká mas bate na direção do gol. Michel Bastos, Gilberto Silva e Ramirez foram eficientes nas suas posições mas sem brilho. Maicon deu uma apagadinha de leve nestes últimos jogos mas tem muito potencial para ir a linha de fundo e mandar na área. Fato é que com o fantasma da Jabulani ou não, já estamos nos encaminhando para as Quartas-de-Final e, se tudo der certo chegaremos lá.

Que venham os Holandeses e sua turma porque estamos afiando o nosso machado. Madeiraaaaaaaaaaaaaa!



Rumo ao HEXA Brasil!


Nota: por motivos diversos optei por não fazer comentários sobre a partida Brasil 0 x 0 Portugal e o meu filho está me cobrando uma explicação: jogo burocrático e sem sal.


Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim: Tropeçando na própria sombra (o filme).



Cena 1: Ufa! Quanta bandeira verde e amarela tremulando nos carros em cada esquina deste Brasil. Quando se aproxima a hora do jogo da seleção parece que o ponteiro do relógio dá voltas mais rápidas que o normal, o nosso coração acelera e da mesma forma o nosso carro mas... o trânsito é implacável e lento. Não nos dá muita chance de acharmos um caminho mais rápido para sentar e assistir a partida.

Cena 2: Ainda no corredor do estádio se preparando para sua segunda partida, a nossa seleção canarinho já demonstrava claramente o quanto estava preocupada e tensa. Muitos jogadores sequer esboçavam um sorriso num misto de passar a imagem de que estavam concentrados e de estarem realmente concentrados. Parecia uma preparação para uma batalha e não um jogo. Isso pode até ser bom, mas deve ter a dose certa, caso contrário o tiro pode sair pela culatra. Será o efeito Jabulani?

Cena 3: O jogo que seguia dentro de uma normalidade esperada, descambou para uma batalha real de cotovelos, quedas e espancamentos gratuitos entre profissionais da mais alta qualidade e posição. O placar seguiu seu rumo esperado apesar de novamente tomarmos um gol no final (o que tem demonstrado uma desatenção aos minutos finais das partidas) tendo uma zaga que tem recebido os maiores elogios da crítica futebolística dos últimos tempos.

Cena 4: Kaká – o líder natural, perde o controle e, depois de já ter tomado um cartão amarelo, começa a se envolver em confusões com os jogadores da outra equipe. Por outro lado, o nosso treinador deveria ter se antecipado e coordenado para que o jogador fosse substituído o quanto antes. É certo que quando se trata de futebol e Copa do Mundo devemos levar em conta que a carga emocional é muitas vezes maior do que qualquer outra situação que vivemos no dia a dia, mas isso não pode ser um meio para que as ações do grupo de liderança sejam nulas ou ineficientes.

Cena 5: O Juiz pergunta ao jogador se o gol teve um toque de mão (nessa hora não sei se coloco hahahahaha, ahahahahaha, kkkkkk ou asuahsuhauhsu). Com centenas de câmeras no estádio, o juiz da partida corre lado a lado com o Luís Fabiano e faz esta pergunta. Essa não dá sequer para comentar.

Cena 6: Na entrevista coletiva o nosso treinador Schwarzenegger dispara seu olhar fulminante contra um repórter, dá destaque à esta situação e inicia sua fúria em palavras sussurradas entre dentes... Um descalabro sem precedentes na vida corporativa, mas permissivo no apaixonante mundo futebol.

Vou parar na cena 6, de caso pensado, para manter viva a minha esperança de um HEXA. Fato é que temos ferramentas especiais em fase de ajustes e algumas prontas para uso, temos estoque de qualidade, temos gestores competentes, mas estamos enveredando por um caminho de retrabalhos e desgaste emocional muito grande que pode levar a nossa equipe a ter problemas logo à frente. Ainda bem que tudo isso se dá numa fase inicial onde, com uma retomada de direção e de liderança, rapidamente achamos o rumo certo e voltamos a crescer. O bom é que, apesar dos desgastes emocionais, há um “Q” de querer vencer a qualquer custo para apagar da memória a Copa de 2006.

Que venham os Portugueses.

Rumo ao HEXA, Brasil!!!






Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil 2 x 1 Coréia: Vencendo os desafios da estréia.


Nestes tempos de Copa do Mundo somos todos técnicos, jogadores, auxiliares técnicos, repórteres e grandes torcedores da nossa e da seleção do técnico. A nossa vem primeiro até que saia a convocação, daí em diante passa a ser chamada a seleção do Parreira, do Zagallo (confesso que não sei se o original é com um ou dois “éles”) ou atualmente a seleção do Dunga. Muito se fala e se cobra daqueles que são chamados a representar a nossa nação em uma das competições que mais mexem com o sentimento nacionalista, a Copa do Mundo. No nosso caso tendo mais de 180 milhões de torcedores, pouco se comparado à China, mas muito se comparado à tradição, responsabilidade e cobrança que exercemos sobres os nossos representantes. Para nós um segundo lugar beira a desonra, não tem qualquer significado mesmo que o nosso adversário seja superior durante os 90 minutos. Somos cruéis e implacáveis não deixando sequer que as nossas mágoas, por não ver um determinado jogador de nossa preferência ser chamado a participar do grupo, passem despercebidas nos nossos comentários sobre o atual time. Queremos sempre a nossa seleção, a minha seleção. Tudo bem, isso é apaixonante mesmo. Mexe com o nosso instinto mais evolutivo que é o de sobrevivência.

"Quem nunca falhou numa estréia que atire a primeira pedra". É certo que mesmo com toda a preparação, com os resultados, com a estatística a favor, não queremos ver um placar tão magro e com um gol do inimigo no final. E se fosse de virada? Aí seria um placar motivador e representativo, do jeitinho que gostamos de ver a nossa seleção se apresentar em qualquer situação. Hoje pude ver o quanto a seleção demonstrou estar bem preparada psicologicamente por sua equipe técnica e, sobretudo, convicta de que a liderança Dunga tem feito bem aos jogadores. É visível o crescimento de jogadores como Juan, Michel Bastos (jogando contra o fantasma Roberto Carlos que foi imortalizado na posição), Lúcio e do craque Maicon que veio para substituir ninguém menos que Cafú. Robinho correu com a disposição de uma pelada de várzea, estava em todos os lugares. Outros craques já não foram tão bem diante de um adversário que parecia se multiplicar protegendo a sua meta, os coreanos cortaram quase todos os passes e chutes que iam em direção ao seu gol. Em alguns momentos achei que tinham uns dois jogadores a mais e só na defesa!

Estrear numa Copa do Mundo requer muito mais que ter um líder autêntico e direto tal qual o Dunga, requer confiança no grupo, no todo, saber que estar bem preparado é fundamental para seguir em frente tendo a certeza que para esta competição as estatísticas de ontem não fazem a menor diferença para nós torcedores brasileiros, pois o que queremos é ver a bola na rede do adversário. Abro aqui um parêntesis para falar do quanto percebi o que é trabalhar em equipe e saber ser liderado. Em todas as entrevistas coletivas os jogadores são argüidos sobre a liderança do Dunga, seu jeito de comandar (ou liderar?) e sobre as suas vontades pessoais contrastando com as diretivas da seleção brasileira e eles tem se saído muito bem na maioria das vezes. Decisão tomada requer coesão, pensamento focado, esforço conjunto para alcançar a meta, superação e valorização do todo. Os críticos farão a seleção natural (Darwiniana) para eleger o craque do jogo, da semana ou da seleção, mas este é o papel dos críticos sejam eles torcedores ou profissionais do esporte. Junto me aos brasileiros que querem ver, desde o início, um futebol-arte de dribles desconcertantes e jogadas que nos deixem de boca aberta mas sou também solidário à mensagem que este grupo tem passado para todos nós através de suas atitudes e declarações. Dá para ver a alegria estampada no rosto deles quando qualquer outro jogador do time aparece e marca sua presença. É muito legal ver jovens profissionais já realizados se emocionando ao fazer um gol numa competição em que representa seu país. Se Maslow (1/Abril/1908 – 8/Junho/1970) estivesse vivo colocaria o nosso lateral Maicon e o meio-campista Helano no topo de sua Pirâmide das Necessidades (ou Hierarquia das Necessidades): profissionais consagrados buscando a auto-realização que é vencer uma Copa do Mundo e se emocionando como se fossem o Ronaldo Fenômeno com apenas 18 anos de idade na Copa de 94. Ao ser substituído logo após seu gol, Helano balançava a cabeça numa tentativa de trazer seus neurônios à realidade do acabara de acontecer enquanto no gol anterior Maicon caiu de joelhos agradecido pela recompensa ao seu esforço contínuo em buscar a jogada pela linha de fundo.

Vencemos o primeiro desafio neste torneio ingrato que é a Copa do Mundo. Temos muito que aprimorar e acho até bom que Kaká, Luís Fabiano, Gilberto Silva e Lúcio não tenham se destacado nesta partida, pois assim tenho a certeza que dias melhores virão.

E você? Já foi colocado à prova durante a sua estréia? Como foi seu comportamento? Você apresentou os resultados que a sua torcida esperava? Alguém te criticou? Como foi a sua estréia? Pense nisso neste clima de euforia que é a Copa do Mundo e tire proveito dos ensinamentos que estas histórias podem te passar.

Até a próxima partida e espero escrever sobre as vitórias do Brasil do início ao fim desta Copa do Mundo 2010.

                                           Rumo ao Hexa!!!




Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...