Cena 1: Ufa! Quanta bandeira verde e amarela tremulando nos carros em cada esquina deste Brasil. Quando se aproxima a hora do jogo da seleção parece que o ponteiro do relógio dá voltas mais rápidas que o normal, o nosso coração acelera e da mesma forma o nosso carro mas... o trânsito é implacável e lento. Não nos dá muita chance de acharmos um caminho mais rápido para sentar e assistir a partida.
Cena 2: Ainda no corredor do estádio se preparando para sua segunda partida, a nossa seleção canarinho já demonstrava claramente o quanto estava preocupada e tensa. Muitos jogadores sequer esboçavam um sorriso num misto de passar a imagem de que estavam concentrados e de estarem realmente concentrados. Parecia uma preparação para uma batalha e não um jogo. Isso pode até ser bom, mas deve ter a dose certa, caso contrário o tiro pode sair pela culatra. Será o efeito Jabulani?
Cena 3: O jogo que seguia dentro de uma normalidade esperada, descambou para uma batalha real de cotovelos, quedas e espancamentos gratuitos entre profissionais da mais alta qualidade e posição. O placar seguiu seu rumo esperado apesar de novamente tomarmos um gol no final (o que tem demonstrado uma desatenção aos minutos finais das partidas) tendo uma zaga que tem recebido os maiores elogios da crítica futebolística dos últimos tempos.
Cena 4: Kaká – o líder natural, perde o controle e, depois de já ter tomado um cartão amarelo, começa a se envolver em confusões com os jogadores da outra equipe. Por outro lado, o nosso treinador deveria ter se antecipado e coordenado para que o jogador fosse substituído o quanto antes. É certo que quando se trata de futebol e Copa do Mundo devemos levar em conta que a carga emocional é muitas vezes maior do que qualquer outra situação que vivemos no dia a dia, mas isso não pode ser um meio para que as ações do grupo de liderança sejam nulas ou ineficientes.
Cena 5: O Juiz pergunta ao jogador se o gol teve um toque de mão (nessa hora não sei se coloco hahahahaha, ahahahahaha, kkkkkk ou asuahsuhauhsu). Com centenas de câmeras no estádio, o juiz da partida corre lado a lado com o Luís Fabiano e faz esta pergunta. Essa não dá sequer para comentar.
Cena 6: Na entrevista coletiva o nosso treinador Schwarzenegger dispara seu olhar fulminante contra um repórter, dá destaque à esta situação e inicia sua fúria em palavras sussurradas entre dentes... Um descalabro sem precedentes na vida corporativa, mas permissivo no apaixonante mundo futebol.
Vou parar na cena 6, de caso pensado, para manter viva a minha esperança de um HEXA. Fato é que temos ferramentas especiais em fase de ajustes e algumas prontas para uso, temos estoque de qualidade, temos gestores competentes, mas estamos enveredando por um caminho de retrabalhos e desgaste emocional muito grande que pode levar a nossa equipe a ter problemas logo à frente. Ainda bem que tudo isso se dá numa fase inicial onde, com uma retomada de direção e de liderança, rapidamente achamos o rumo certo e voltamos a crescer. O bom é que, apesar dos desgastes emocionais, há um “Q” de querer vencer a qualquer custo para apagar da memória a Copa de 2006.
Que venham os Portugueses.
Rumo ao HEXA, Brasil!!!
Graduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor... |
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