Pesquisa personalizada

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Criatividade e Inovação ao alcance de todos.


Como criar ou inovar em um mundo tão competitivo e desafiador? Por que temos que ser criativos? Por que devemos repensar os nossos produtos ou serviços? Para fazermos esta análise basta mudarmos de posição e passarmos a olhar estes mecanismos sob a ótica do cliente. Com certeza as nossas observações ficarão muito mais claras e sensatas. O texto a segui foi escrito de forma bem simples para desmistificar o processo de criação e levá-lo à pequenas empresas ou até à você que é um profissional liberal.

Como clientes, apreciamos um serviço completo, por um preço justo ou pelo menos justificável e pronto! Sem mais nem menos ou talvez com algo a mais, certo? Então nas nossas empresas devemos agir da mesma forma pois somos nós que fazemos parte da mesma cadeia evolutiva quando vestimos a pele de CLIENTE. Quando estamos do lado de cá devemos manter este mesmo sentimento de exigência para que os nossos clientes sejam atendidos de uma maneira mais completa com preços adequados e que valham pelo valor pago por eles. Isso nos dará, com o passar do tempo, uma fatia maior do mercado em que estamos competindo. Estas oportunidades de observar os nossos serviços ou produtos de forma diferente podem surgir através de situações desencadeadas pelo grupo de liderança da empresa através da participação voluntária de seus colaboradores em campanhas de sugestões que ajudem criar novos produtos ou serviços ou ainda “simplesmente” aprimorar os já existentes. As grandes corporações fazem uso destes mecanismos o que não quer dizer que as menores não possam fazê-lo. Devem fazê-lo sim! O fato de serem menores lhes dá até algumas vantagens competitivas se comparadas a corporações maiores que carregam, sobremaneira, um peso de possuir departamentos maiores e com custos relativamente maiores. Certamente na sua empresa alguns líderes possuem características que facilitam a disseminação natural desta cultura de sugestões criativas e inovadoras e que ajudam a acelerar este processo mas lembre-se que ele deve ter sempre o respaldo da alta gerência para que o processo como um todo funcione.


Então fica a pergunta: como acontece o processo criativo em pequenas empresas? Precisamos ser pesquisadores para criarmos um novo serviço? Não, porém no processo de criação devemos levar em consideração algumas etapas muito importantes:

1- Preparação: alguns de nós conseguimos gerar idéias em situações das mais diversas possíveis: correndo, durante o banho, falando sem parar, observando outras pessoas e assim por diante. De qualquer forma se quisermos acelerar o processo criativo devemos ter uma preparação mínima para que os participantes aprendam a colocar para fora as suas sugestões e alguém seja responsável pela captura de tudo o que está sendo apresentado. Um ambiente adequado é fundamental para que isto ocorra. Por ambiente adequado devemos entender que é aquele em que os participantes assim o entendam e que muitas vezes esteja ligado ao objeto ou propósito da criação. Um grupo de humoristas, por exemplo, pode ter como ambiente adequado uma sala com redes, muitas revistas, imagens de outros programas já exibidos e assim por diante.  Nesta fase deve-se então:
         
          a. Ler muito e sobre áreas diferentes da sua
          b. Ouvir (muito) o que os outros têm para dizer
          c. Observar os detalhes importantes – idéia gera idéia
          d. Questionar positivamente
          e. Acreditar nas sugestões dos outros como se fossem as suas

2- Germinação ou maturação: nesta fase devemos, uma vez aceita a idéia inicial, elaborar de forma um pouco mais consistente aquilo que será o objeto de criação. É onde a semente começa a brotar e tomar forma daquilo que será a árvore da criação. Inicia-se um processo de crítica não-positiva de forma a validar a continuidade do processo criativo. É nesta fase também que muitos processos criativos podem ser deixados de lado devido à baixa possibilidade de serem desenvolvidos. Sugere-se então que sejam armazenadas as suas idéias para que num futuro próximo sejam revistas e até, quem sabe, colocadas em prática.

3- Produção: esta é a fase onde se agregam o maior número de contribuições ao processo de criação pois é considerada a base da criação. Os participantes devem agora ser estimulados a contribuir de forma conjunta para a conclusão de todas as necessidades do produto ou serviço em desenvolvimento. É a fase dos detalhes onde todas as possibilidades devem ser exploradas com bastante profundidade. Se for um produto, todas as suas especificações e desempenho devem ser testados; se for um serviço deve ser verificada a sua aderência ao seu objetivo final ou proposta.

4- Fase Expressiva: fase determinante para a explanação, entendimento e implementação do produto ou serviço. Deve ser rica em detalhes e alcançar todo o grupo para o seu melhor aproveitamento. É muito importante que pessoas de fora do grupo de desenvolvimento possam contribuir com as suas observações.

Divergências certamente ocorrerão em todas as etapas do processo e algumas técnicas de resolução de conflito devem ser adotadas pelo facilitador do grupo de forma a manter o bom andamento dos trabalhos e a alcançar os objetivos. Algumas dicas são importantes nesta hora:


• Pontos Positivos – Mantenha o foco nos pontos positivos das sugestões dos outros colaboradores mesmo quando tratando de idéias negativas ou contrárias às suas e a de outros participantes.








• Potencial - Pense nas coisas boas que podem decorrer daquela sugestão se ela for implementada. Pense nela como se fosse sua! Defenda-a até que se prove que não é uma sugestão válida ou aplicável naquele momemnto.




• Preocupações – Pergunte-se sempre sobre quais preocupações são inerentes a esta sugestão. Um bom exemplo são as leis ou regulamentos que estão diretamente relacionados com esta idéia. Que regras ou alterações futuras podem gerar algum atraso no cronograma de implementação? O que fazer para atender todos os requisitos?





• Sobrepujar as Preocupações – Que idéias ou sugestões posso dar para ajudar a resolver estas preocupações? Como posso ajudar de forma geral? Quais as minhas contribuições para o sucesso deste processo? Todas estas perguntas merecem uma resposta que indique a real vontade de fazer com que a sugestão seja validada.






Importante: para um melhor aproveitamento comece sempre ressaltando os Pontos Positivos.

As pessoas criativas têm algumas características que costumam ser mais evidenciadas em seus comportamentos que outras pessoas e é responsabilidade dos líderes identificá-las para que os melhores resultados sejam obtidos através da sua participação. Algumas destas características são:

• Fluência verbal ou comunicação lógica
• Flexibilidade de trabalho
• Originalidade
• Preparação ou Elaboração métodos
• Sensibilidade aguçada
• Liberdade de expressão
• Aceitar o diferente
• Pegar carona em outras idéias
• Não fazer julgamentos antecipados

Imagine-se participando de uma composição musical de um grupo sem que você entenda ou saiba algo sobre teoria musical. A sua participação não fica menor pelo fato de você não conhecer música, lembre-se que você pode manter o seu foco no gosto musical, na melodia, na letra e passar para o grupo as suas sensações ao ouvir aquela composição. Um participante fará sugestões sobre o arranjo, que instrumentos farão parte durante a execução, outro poderá ter o foco em escolher os instrumentistas e assim seguem as contribuições.

A competição está cada vez mais acirrada e para nos mantermos nela devemos usar de todas as ferramentas disponíveis para alcançar os nossos objetivos. Grandes corporações do passado já não existem mais e pequenos negócios se tornaram vitoriosos por sua leveza e rapidez. Não perca tempo, conquiste seu espaço colocando novas idéias no mercado.

Outro texto do autor: http://ngfconsultoria.blogspot.com/2009/05/criatividade-e-inovacao.html


Boa Sorte !


Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...


0 comentários: