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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Seleção de pessoal – A entrevista


 Quase sempre estou envolvido em processos de seleção e fico me colocando no lugar daqueles que estão lá participando das dinâmicas de grupo, entrevistas, respondendo questionários e tudo o mais que está envolvido neste processo. Somos (o “somos” aqui foi usado porque também já estive do lado de lá) todos anjos em atos e palavras na busca de uma (re)colocação no mercado de trabalho. Nunca ouvi alguém responder que não faria horas extras, que estava ali só porque o salário e os benefícios eram melhores que na sua empresa ou que só estava participando daquele processo de seleção porque não tinha melhor opção. Acho que nesta hora o instinto de preservação fala mais alto e aí... só falta beijar a camisa como fazem os jogadores de futebol durante a sua apresentação à torcida.

Estar preparado começa quando o candidato conhece a vaga e lê atentamente o texto como perfil que descreve a função a ser exercida. Já vi candidatos cujo perfil e formação não eram condizentes com a descrição da vaga e mesmo assim insistiam em participar do processo seletivo, são os aventureiros. Outros estavam tão perdidos que respondiam as perguntas como se a vaga fosse para a sua posição atual e não para uma posição de supervisão ou gerência e desta forma perderam pontos preciosos, os “Lost”. Algumas perguntas, apesar de simples, requerem respostas de como o candidato se posicionaria em uma determinada situação e aí se a resposta não é adequada. A vaca já foi para o brejo com chifres e tudo.

Curiosamente todos se dizem dinâmicos, com capacidade de executar muitas tarefas ao mesmo tempo, participativos, com capacidade de liderança e trabalho em equipe. Cuidado! Onde estão os detalhistas, concentrados nas tarefas e críticos para as vagas de inspeção, investigação, contabilidade e outras mais. Já vi candidatos muito jovens tentarem passar a idéia de que tinham bastante experiência e em uma pergunta seguinte responderam que aquele seria seu primeiro emprego/estágio. Nem toda vaga requer pessoas dinâmicas ou às vezes demonstrar que já há um interesse em uma posição de liderança ou pequenas mentiras são pontos negativos na avaliação.

Ouvi recentemente que um excelente candidato a uma vaga técnica que exigia contato com clientes no campo direcionara as suas respostas de forma absolutamente técnica com explicações detalhadas e que demonstravam todo o seu conhecimento acumulado durante tantos anos de profissão. Perdeu pontos preciosos por não entender o perfil da vaga. No mesmo processo outro candidato que não era tão bom quanto o primeiro (apesar da sua competência técnica era adequada e suficiente para a vaga) respondeu corretamente as perguntas se encaixando com precisão no perfil esperado: alguém com capacidade técnica suficiente para atender as necessidades dos clientes e que estivesse preparado para as questões de ordem políticas e de relacionamento que a vaga exigia em grau mais elevado. Bingo!

A vaga é sua!

O mais importante é fazer a entrevista como se você estivesse sendo filmado e a empresa pudesse ver este vídeo a qualquer momento. Ser honesto e objetivo nas respostas te dão um bom começo, demonstrar interesse te dá pontos, conhecer a vaga te coloca em grande vantagem na hora de responder as perguntas. Mesmo com tudo isso o final pode não ser aquele que você esperava e aí o negócio é rever todo o processo e avaliar onde estão seus pontos fracos para aprimorá-los antes da próxima entrevista.

Boa Sorte e pense nisso!

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