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domingo, 5 de dezembro de 2010

O custo de uma decisão



Decisão é algo que, já da origem da palavra, implica em certo radicalismo e atitude por parte do executor. Esta ação tem suas conseqüências diretas e indiretas (óbvio) que nem sempre são medidas (nem tão óbvio assim).

Do Latim: DECIDERE =

De (fora) + CAEDERE (cortar).



Nesta minha vida de observador já vi muita gente tomar a pior decisão para si ou para sua empresa achando que está fazendo um excelente trabalho. Isto ocorre a maioria das vezes pois em situações como estas a nossa mente nos confunde gerando um sinal de conforto quando no meio de uma disputa ou decisão encontra uma caminho que liga rapidamente o nosso raciocínio ao alvo, porém nem sempre este caminho rápido e fácil representa a melhor decisão. Existem ainda outros fatores que influenciam radicalmente a nossa capacidade de avaliar (calcular o valor) e de raciocinar (fazer uso da razão): os prós e contras da nossa decisão. Somamos a tudo isso a urgência. Pronto! Lá se foi mais uma escolha errada e só vemos a nossa vaquinha indo para o brejo... Pare e pense na hora de decidir, tenha em mente que este é o momento certo para fazê-lo, junte os dados, transforme-os em informações e DECIDA logo! (e se possível gere conhecimento ou referência para situações futuras).

Quem é que já não ouviu a seguinte frase:”Nossa como isso (mercadoria) está baratinho”e mal acabou de chegar ao shopping para fazer compras ou talvez essa:“No ano passado estava bem mais caro, vou comprar”ou ainda essa “A loja X sempre é a mais barata”. É este o “tal”conforto que o seu cérebro gera no momento em que você identifica o seu objeto de desejo. Quem é que não tem ou conhece um amigo que vai de supermercado em supermercado comprando os produtos mais baratos e achando que está fazendo um ótimo negócio? Perde cinco noites por mês para fazer as compras, gasta combustível, tempo, coloca seu patrimônio em risco e se acha o máximo por ter cumprido um excelente papel para a economia do lar. Neste caso os custos indiretos certamente não foram calculados ou sequer pensados!

Vamos ver estas histórias que já ouvi por aí ...

Uma pessoa sai para comprar um software de computador e acaba por fazê-lo em uma loja de produtos de segunda linha (eufemismo). Ao chegar em casa e fazer a instalação, percebe que o software não funciona. Chama um técnico para ver o que é e ele constata que o problema está no software (o técnico era amigo e não cobrou nada), mas como já era sábado à tarde ela já não tinha mais como efetuar a troca. No sábado seguinte dirigi-se à loja e faz a reclamação ouvindo do dono que já não havia mais outro software igual aquele. (Pausa...) Este é o momento de reunir dados, transformá-los em informação e BUM!!! Tomar a decisão mais acertada: pedir o dinheiro de volta e efetuar a compra em outra loja! O que ela fez? Iniciou uma discussão sobre direitos do consumidor (lembre-se que estamos falando de produtos piratas, agora sem eufemismos) e depois de horas de discussão voltou para casa sem efetuar a troca. Na semana seguinte ausentou-se do trabalho e dirigiu-se à Secretaria da Receita Federal para uma queixa pois alguém lhe passou esta orientação. Chegando lá foi orientada a exigir do vendedor uma Nota Fiscal para o registro de sua reclamação. A distinta pessoa retornou à loja onde comprara o tal software e solicitou a emissão da Nota Fiscal. O vendedor abriu aquele sorriso bem sarcástico e disse que não iria emitir nada, iniciando uma nova discussão até com xingamentos e ameaças. Pronto, agora entornou o caldo e o racional já ficou lá para trás... Decidida a seguir em frente, retornou à SRF para fazer a queixa mesmo sem a Nota Fiscal e chegando lá foi orientada, por outra pessoa que estava aguardando atendimento, a abandonar o caso e tentar outra solução, pois poderia até ser enquadrada como receptadora de produtos contrabandeados! Saiu de fininho e deu o caso por encerrado ao retornar à loja e pedir seu dinheiro de volta. De lá seguiu para o trabalho.

Vamos fazer um exercício simples e colocarmos tudo isso na ponta do lápis...

- Software....................................................................... R$ 10,00

- Passagem de ônibus ida + volta (sábado)......................  R$ 4,40

- Passagem de ônibus ida + volta p/troca (outro sábado)...R$ 4,40

- Passagem de ônibus para SRF....................................... R$ 2,20

- Passagem de ônibus para loja........................................ R$ 2,20

- Passagem de ônibus para SRF....................................... R$ 2,20

- Passagem de ônibus para loja ....................................... R$ 2,20

- Passagem de ônibus para trabalho .................................R$ 4,40

- Ausência do trabalho por 3 horas................................... R$ 30,00 (ref R$1760,00)

- Total ..............................................................................R$ 57,60

Não vou sequer me aventurar em mapear os custos indiretos envolvidos nesta situação mas vou citar alguns: ausência ao local de trabalho que pode comprometer seu perfil dentro da empresa, deslocamentos desnecessários geram maior exposição à roubos e acidentes, discussão em público, etc. Não é para deixar de lado os direitos de consumidor, idoso e tantos outros (nem pensar!) porém neste caso ficou claro que, diante da impossibilidade da substituição, o mais acertado seria trocar por outro produto ou ter seu dinheiro de volta e partir para uma nova compra parando o custo direto em R$ 18,80 (software + passagem ida e volta da compra + passagem ida e volta da troca). A pior decisão, certamente emocional, foi trilhar o caminho de buscar direitos e obrigações neste contexto.

Este fato não é uma prerrogativa de vidas privadas não, ele acontece com freqüência nas empresas onde os prejuízos são muito maiores. Certa vez uma empresa X que vende freqüentemente produtos valorizados em dólar para a empresa Y teve um problema de diferença de R$ 2,00 devido à taxa do dólar que fora usada na hora da conversão e isso se tornou um problema sério porque seu supervisor financeiro optou por ficar ligando para a outra empresa (Y) para informar que iria emitir um novo boleto neste valor (dada a diferença da compra). Fez diversas ligações até achar a pessoa certa, explicar tudo e todo este processo consumiu horas da sua jornada naquele dia e em outros dias daquela semana. A decisão mais acertada seria: se comunicar via email com a empresa Y passando dados que comprovassem aquela diferença e acrescentar um uma próxima fatura. Os custos diretos de fazer vários contatos por vários dias foram muito maiores que a diferença de R$ 2,00. Os custos indiretos podem ir desde o desgaste do relacionamento pelas insistentes ligações até a perda do cliente (mesmo a empresa X estando com a razão ao seu lado).

- Ligações (de 4 a 6 ligações de aprox. 5 min)................ R$ 7,00

- Tempo gasto para todas as ligações (30 min)................R$ 12,00 (ref R$ 4200,00)

- Total ...........................................................................R$ 19,00

Neste caso um comunicado por email seria o suficiente para o acerto da diferença na próxima cobrança e desta forma eliminariam todo este custo direto. Para todas as situações possíveis devemos levar em conta a relação “custo X benefício”que está em jogo e a partir desta premissa devemos direcionar as nossas ações. Nos casos acima os benefícios resultantes das ações que foram tomadas eram muito inferiores aos custos criando um impacto negativo que não fora percebido de imediato. Já as soluções propostas (trocar o CD de software e enviar um email informando que a cobrança ocorreria num próximo faturamento) certamente elevariam os benefícios e tornariam o resultado muito melhor daquele que fora apresentado, porém sequer chegaram a ser pensadas no momento da tomada de decisão. Técnicas de Pensamento Lateral também podem ser úteis em situações iguais a estas pois nos fazem exercitar o raciocínio antes do aceite confortável de nosso cérebro.

Colocar no papel os prós e contras, vai te ajudar a visualizar o que está em jogo e certamente você tomará a decisão mais acertada pois exatamente como diz a origem da palavra DECIDIR é acima de tudo CORTAR FORA. Separar razão e emoção nesta hora é muito importante.

Sucesso nas suas decisões!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Estagiário: Dicas para um bom estágio.


Inevitavelmente em todas as empresas quando ocorre qualquer falha, ouve-se o som de algo caindo, um acidente (de pequena monta) ou até aquelas situações mais estranhas, os colaboradores se entreolham e buscam pelo estagiário que estiver mais próximo. Daí surgem aquelas frases e piadas das mais diferentes formas (pausa: neste exato momento que estou escrevendo aqui no aeroporto enquanto aguardo meu vôo ouvi barulho de copos caindo e quebrando, se fosse em uma empresa certamente alguém perguntaria: “- Cadê o estagiário?” ou “- Onde está o estagiário?” ou simplesmente falariam”- Isso é coisa de estagiário”). Se você é estagiário e ainda não está gostando deste texto, continue lendo…

A função básica do estágio é proporcionar ao futuro profissional a oportunidade de vivenciar e experimentar aquele que será o seu ambiente de trabalho ou, pelo menos, um ambiente muito próximo daquele escolhido para exercer a sua futura profissão. É certo que nem sempre esta possibilidade é factível devido à várias circunstâncias que envolv em a relação empresa/estagiário ou pelas diferentes opções que uma dada profissão tem. Um bom exemplo é um estagiário em eletrônica que poderá cumprir sua carga horária em uma empresa de manutenção de campo e ao se formar técnico em eletrônica poderá trabalhar efetuando reparos de equipamento através da substituição de componentes em laboratório. Nos dois casos a profissão é a mesma porém exigirá uma adaptação após o estágio caso o futuro peofissional não tenham oportunidade de ser contratado pela mesma empresa.

Caso ideal é cumprir o estágio em um setor muito próximo daquele em que vai trabalhar. Eu fiz estágio em uma pequena empresa de telefonia e trabalho na aviação desde o término do estágio. Ramos absolutamente desconectados.

Sabedor da importância do estágio para a formação do profissional e do ser humano, vou deixar aqui algumas dicas muito importantes e que por vezes passam despercebidas tanto pelos representantes das empresas (responsáveis pelo estágio) como pelos próprios estagiários:

1- Aproveite cada dia do seu estágio como se fosse o último. Você conseguiu o que queria e agora vai deixar de lado o aprendizado? Não. Muitas vezes as partes envolvidas se deixam levar pelo fato do estágio poder durar até dois anos e vão acumulando ensinamentos, técnicas, dicas e sugestões. Já presenciei estagiários que tentaram recuperar o tempo perdido quando já estava na última semana para completar seu tempo de estágio. Tenha um plano de estágio delineado e lembre-se que o tempo passa e ninguém percebe.

2- O estágio é um complemento à teoria ensinada na escola de formação. Não é responsabilidade da empresa dar aula para o estagiário, esta responsabilidade é da escola. Caso ocorra alguma situação em que está sendo solicitado do estagiário durente o estágio é uma informação que ele desconheçe, é de sua (estagiário) responsabilidade comunicar ao coordenador de estágios da escola para que esta necessidade seja suprida ainda nesta oportunidade.

3- Os profissionais da empresa nem sempre têm didática. O estágio trás ao profissional, normalmente, uma carga a mais de responsabilidades pois além de suas costumeiras atribuições , ele tem que passar as técnicas de execução da profissão para o estagiário e este profissional nem sempre está preparado ou possui esta habilidade. É muito importante que as duas partes se comuniquem bem para que haja um crescimento mútuo.

4- Aproveite para (re)formar o ser humano além do profissional. Certamente que o objetivo do estágio é a formação profissional mas o fato de estar em contato por um longo período, dá ao profissional a oportuniade de formar o homem (o cidadão) dando dicas de ética, comportamento, disciplina, comprometimento, segurança, responsabilidade social e respeito à empresa e aos colegas. É um tempo de aprendizado mútuo e de muito valor para aquele que está iniciando a vida profissional. Muitas vezes conseguimos transformar jovens que têm uma visão distorcida da vida em verdadeiros cidadãos. Por experiência: em processo de seleção para trabalho após encerrado o período de estágio, o estágio se apresenta com um diferencial positivo muito grande.

5- Os recursos da empresa são duráveis e requerem cuidado durante seu uso. É sempre bom lembrar que os recursos das empresas, seus ativos fixos, devem permanecer em bom estado de conservação e devem ser usados com critério. Já vi e ouvi de profissionais e estagiários que o fato de ser estagiário “tudo está perdoado”. Esta verdade não é absoluta, recursos como: ferramentas, telefone, computadores, internet, papel de impressora, uniformes, EPI`s – Equipamentos de proteçao individual e etc são de propriedade da empresa e devem ser usados adequadamente e com seu devido cuidado.

6- Não faça da empresa a sua sala de aula. O local do estágio é para a formação profissional e não para estudar para a matéria da prova do dia seguinte ou até do mesmo dia. Não leve em consideração que todas as empresas vão permitir que você fique estudando só porque tem prova. Há uma concessão para as provas periódicas e finas em conformidade com a instituição de ensino mas vale à pena lembrar que sala de aula é sala de aula e estágio é estágio.

7- É tempo de amadurecer. Você está se preparando para uma vida profissional cheia de desafios e metas então que tal aproveitar o período de estágio para fazer esta adaptação? Parece uma boa idéia, não? Aprimore (ou desenvolva) capacidades tomando como referência os bons profissionais que estarão em contato com você. Modo de se vestir, falar, apresentar problemas e soluções, executar as tareafas nos prazos determinados e com a qualidade exigida são bons indicativos de que um bom profissional está sendo formado. Haja com responsabilidade e como se fosse um funcionário já contratado e demonstre seu comprometimemento com a empresa e suas metas e objetivos. Você certamente será lembrado (no bom sentido) caso haja uma oportunidade.

8- Entenda o que a empresa produz. Não passe pela empresa, conviva com ela durante o período de estágio. Saiba o que ela faz, sua função, seus clientes, sua participação no mercado, etc. Você pode surpreender alguém com o seu conhecimento e isso é muito bom e pode contar pontos para você. Só não precisa ficar declamando a visão ou a missão como se fosse um poema porque aí já é demais.

9- Você é parte da empresa. Muitas vezes os estagiários são levados a pensar como se não fossem parte da equipe, isso é um erro grave. Mesmo não sendo registrados e tendo suas ações supervisionados, eles devem se comportar e devem ser tratados como tal. Esta simples atitude alinha pensamentos e dá sinergia ao grupo. Participar de reuniões é muito importante. Se o seu supervisor não te convocar para uma reunião que você percebe que deveria participar, fale com ele. É muito importante que todos tenham conhecimento do que será executado, qual o plano de execução e qual a participação de cada um nesta execução e você é parte do time, ou não é?

10- Assuma a sua posição na vitória e na derrota também. Certamente tudo é muito bom quando o time está vencendo mas nem sempre isso é possível e você é parte deste time. Confraternize nas vitórias mas lembre-se de chorar nas derrotas. Desta forma todos vão te reconhecer como parte da equipe.

Não vou esmiuçar os detalhes da lei do estágio porém vou deixar nesta postagens alguns links para páginas muito importantes que vão dar a você estagiário e até algumas empresas, um direcionamento legal sobre tudo que envolve o ambiente do estágio. A lei criou regras bastante claras mas que infelizmente nem toda empresa segue dadas as dificuldades em termos de restrição de horários, auxílios, dispensas e outras nuances. A regra é clara! (copiando a célebre farse do Arnaldo César Coelho).

Cartilha do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE


Lei do Estágio



Algumas das 37 questões relacionadas na cartilha sobre estágio

1. O que é o estágio?
2. O que é estágio obrigatório?
3. O que é estágio não obrigatório?
4. Quem pode contratar estagiário?
5. Quem pode ser estagiário?
6. O estágio é uma relação de emprego?
7. Quais requisitos devem ser observados na concessão do estágio?
8. Pode ser concedido estágio a estudantes estrangeiros?
9. Pode haver a participação dos agentes de integração públicos e privados no processo do estágio?
10. Qual o papel dos agentes de integração no estágio?

Ver listagem completa e respostas na cartilha do MTE - MInistério do Trabalho e Emprego

Agora uma coisa é certa, independente do nível da brincadeira que vão fazer com você: estagiário só faz mer…

Boa sorte e sucesso no seu estágio.

Em tempo: depois de formado você vai sentir o gosto de brincar com um estagiário. É só uma questão de tempo.