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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os Seis Chapéus – Técnica para Tomada de Decisões e Reuniões Eficazes


Certamente tomar decisão não é algo tão simples quanto apenas dizer que concorda ou discorda, aprova ou não aprova, principalmente quando se trata de decisões em grupo com um número elevado de pessoas. A técnica que segue pode ser usada tanto para uma tomada de decisão pessoal ou em grupo e o seu uso te levará a obter resultados mais eficazes a cada tomada de decisão. Basicamente ela se traduz em, através da linguagem visual, demarcar claramente trechos em que você ou o grupo devem se orientar para um só objetivo dentro da pauta da reunião e desta forma os resultados obtidos estarão muito mais focados no assunto. Quem de nós não altera o curso de uma reunião colocando opiniões na hora errada ou falando muito mais que o colega ao lado? Quem de nós não perde o foco e fica naquele blá, blá, blá interminável. Por estas razões com a aplicação desta técnica todos os participantes terão oportunidades iguais em tempo para falar e poderão expressar seus sentimentos abertamente sem serem criticados. Outra vantagem é que aos poucos o colega que nem sempre expressava suas opiniões se sentirá confortável para fazê-lo sem o receio de críticas dos demais.

Edward de Bono é seu criador e a ele também são atribuídos outros conceitos dentre eles o do Pensamento Lateral que já foi tema de outra postagem minha. Como o objetivo desta postagem é esclarecer a técnica deixo para você a pesquisa sobre seu criador e suas criações, certo? Então vamos lá!

De forma a estruturar a sua reunião ou tomada de decisão são introduzidos seis chapéus de cores e representações diferentes que serão atribuídos a cada momento específico da reunião. Importante: o legal é usar de verdade os chapéus ou tê-los como forma clara de representação visual para que todos os participantes sejam condicionados ao objetivo de cada momento da reunião. É claro que a pauta bem como a audiência, seus participantes, além de data, local, preparação e levantamento de dados, hora de início e término são elementos básicos e não serão méritos desta postagem também. A situação que se segue terá VOCÊ leitor como o líder da reunião onde iremos avaliar um candidato à vaga de técnico da seleção brasileira de futebol e terá como participantes os departamentos de RH, Financeiro, Relações Públicas, Patrocinador e um Representante dos Torcedores. Como já disse os chapéus são elementos reais e podem (devem) ser parte da reunião. Use-os, pois além de tudo a reunião ficará mais alegre e colorida.

Chapéu Branco: nesta fase devem ser apresentados apenas dados ou elementos que estejam relacionados com o tema da reunião. Dados históricos, números comparativos de performance, resultados atuais envolvendo cada um dos setores (representados pelas pessoas) que estão presentes na reunião. Nesta fase não há emoções ou julgamentos, apenas dados. Usam-se em média 10 minutos no total ou algo em torno de 3 minutos por participante (máximo) uma vez que os dados já foram coletados antes da reunião e serão apenas apresentados. O RH pode apresentar, por exemplo, dados que indiquem que o avaliado fora um profissional assíduo na empresa (time) anterior; o Patrocinador pode solicitar ressarcimento de um valor X devido à uma quebra contratual se não for o mesmo patrocinador da seleção brasileira e assim por diante.

Chapéu Preto: neste momento devem ser exaltadas as críticas, os riscos envolvidos com esta convocação, o que de pior pode acontecer, tudo dentro de possibilidades tangíveis (não se leva em conta o improvável). É uma fase tão importante quanto qualquer outra e deve-se manter o respeito a todo instante, pois o objetivo não é agredir a pessoa em análise ou o colega ao lado, é apresentar críticas e possibilidades caso ela não seja bem sucedida ou o que poderá acontecer à empresa (seleção brasileira) caso ela falhe. 15 minutos serão suficientes.



Chapéu Amarelo: este já tem outra conotação que é a de ressaltar os pontos positivos e as oportunidades que surgirão com esta convocação. Quais são os benefícios diretos e indiretos, o que de melhor poderá acontecer, que valores surgirão após esta convocação: um time mais maduro, mais jovem, mais experiente, renovação, etc. Tempo: 10 minutos.





Chapéu Vermelho: está diretamente relacionado ao sentimento, às emoções e cada participante deve ser sincero ao expor seus pensamentos. Transparência e intuição devem ser colocadas à mesa e apresentados. Nesta fase não surgem comentários ou julgamentos dos demais participantes e as colocações de cada um não são seguidas de julgamentos. Um exemplo é o representante do Público na reunião expressar que não gosta daquele técnico por que em algumas entrevistas ele se mostrou descompromissado com o time em que trabalhava. Temos nesta fase apenas 1 minuto para cada participante.


Chapéu Verde: já este chapéu é o das idéias, da criatividade, do Pensamento Lateral, das boas novas, das sugestões e assim por diante. Soluções criativas são apresentadas aos demais com poucas críticas dos demais participantes. Você que é o líder da reunião pode usar qualquer técnica conhecida para captação de idéias dentro do grupo. Algo em torno de 15 minutos parece ser suficiente para este momento da reunião.




Chapéu Azul: este deve ser usado por um dos participantes que terá a função de orientar o grupo e mantê-lo em ordem em cada uma das fases da reunião. O usuário deste chapéu tem a responsabilidade de controlar a reunião juntamente com o líder de forma a mantê-la dentro do que já fora descrito acima. Controle dos processos, manutenção da ordem e dos objetivos da reunião são de responsabilidade daquele que estiver usando este chapéu. Caso necessário ele pode altera a seqüência e trazer uma chapéu de volta à discussão. Um bom exemplo: caso durante a seção do Chapéu Amarelo (pontos positivos, oportunidades) tenhamos poucas participações ou que elas sejam fracas, o Chapéu Verde (criatividade) pode ser colocado para denotar a exploração do objetivo Oportunidades com Criatividade e uma seção de brainstorm poderá acontecer no meio da discussão das Oportunidades. Esta dinâmica e controle dos tempos são funções inerentes ao usuário do chapéu azul.

Esta técnica trás eficácia às tomadas de decisões que se seguem durante e após a reunião porque envolve todos os participantes nos diversos aspectos da solução de problemas com igualdade de opinião e possibilidade de expor até seus sentimentos sem críticas ou constrangimentos além de observar um determinado problema de diferentes pontos de vista. A certeza de termos emoção e sentimentos misturados com cepticismo e críticas dão um rumo diferenciado à reunião e facilita a comunicação. Aqueles que costumeiramente só vêem o lado negativo do mundo terão de aprender e expor sobre o lado positivo e até dar idéias ou sugestões. Os resultados podem ser fantásticos e use os chapéus, coloque uma foto no mural de sua empresa, vai ser bem legal o dia seguinte de cada uma das reuniões. Caso o seu grupo não possibilite o uso real dos chapéus nada impede que você use está técnica para conduzir a reunião ou para a tomada de decisões, neste caso, sugiro usar uma ficha onde apareçam os seis chapéus pois eles serão os balizadores da sua reunião e te ajudarão a conduzi-la melhor. Distribua esta ficha para o grupo e tenha reuniões cada vez mais eficazes. Lembre-se que somente a prática leva à perfeição.

Segue um exemplo e link para baixar a ficha http://www.megaupload.com/?d=JB2DQYFA




Gostou? Então qual seria o novo técnico de sua seleção brasileira de futebol? Já parou para pensar? E as suas decisões pessoais? Espero que com esta técnica você tome as suas decisões profissionais e pessoais mais facilmente.



quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quando a equipe (ou o colaborador) não pega nem no tranco...


Outro dia conversava com um amigo sobre generalidades e é nestas horas que surgem as conexões entre o lado pessoal e o trabalho. Pode parecer piada mas no trabalho falamos do lado pessoal e fora dele (do trabalho) falamos nele (o trabalho). A vida é assim mesmo...Ele me dizia da incapacidade de fazer toda a equipe se integrar com foco num só objetivo que à princípio parece ser incapacidade do líder em fazer isso acontecer. Nem sempre!


Manter a equipe motivada nem sempre é fácil, mais difícil ainda é fazer todos sonharem o mesmo sonho. Cada um de nós tem seus sonhos próprios e sua vontade de direcionar a carreira de forma diferente. Pense naquele profissional que faz muito bem as suas tarefas mas que não vai além disso. Não se empolga com qualquer atividade e sequer pensa em sair do patamar onde está. Pensou? Para os tempos de hoje pode parecer quase inaceitável, mas olhe na sua empresa e veja se existe este personagem. Com certeza tem! E aquele que faz tudo certo mas direciona os resultados voltando-se para seus objetivos pessoais (às vezes conflitantes com o foco da empresa ou da gerência ou até da supervisão)? Dá para enumerar vários exemplos que tomariam estas páginas e este não é o objetivo maior. O foco aqui é em esclarecer que muitos fatores são empecilhos para a substituição de alguém que não se encaixa “exatamente” no perfil de trabalho desejado, em alguns casos estas divergências só aparem tempos depois que o colaborador (agora nem tão colaborador) começa a demonstrar os seus sonhos ou vontades. Administrar todo este conjunto não é fácil. O bom desempenho demonstrado serve como âncora para aquele círculo: ouvir, treinar, motivar, criar novas perspectivas, etc. Tudo isso seria feito pelo próprio “chefe”, o que torna tudo um pouco mais difícil. Em muitas empresas não é tão fácil passar por todo este processo de uma forma rápida e eficaz. Número reduzido de pessoas, muitas tarefas a serem executadas, falta de capacidade técnica, são apenas alguns aspectos que devem ser considerados como empecilho a um resultado rápido. Há ainda que se considerar que o próprio colaborador tem uma dificuldade de mudar seu comportamento (mudança é algo que todos nós concordamos porém somos muito mais de ficar do jeito que está e esperar para ver no que vai dar).

Já nas grandes corporações estes mesmos fatores seriam tratados de uma forma um pouco diferente onde profissionais especializados fariam todo o trabalho de recuperação daquele colaborador perdido ou eles seriam descartados e substituídos com mais facilidade dando oportunidade a outro.

Qual o certo ou o errado neste jogo? Insistir na recuperação ou simplesmente descartar? O que se perde e o que se ganha? Sob a ótica do desenvolvimento humano, todos têm algumas chances de recuperação ou re-integração e aí entra em jogo o tempo que é implacável e imbatível nesta jornada. Investir pode consumir boa parte do tempo que já é escasso. Certamente é uma vitória dupla quando há re-integração ou re-alinhamento de direção ou foco. Tem-se o sabor amargo do recomeço sendo adocicado suavemente, dia após dia, até o ponto certo em que podemos provar novamente com deleite as iguarias dispostas em nossa mesa. Uma vez compreendida a lição, tudo o que devemos fazer é celebrar as novas conquistas em grupo. Há, porém, um lado sombrio e muitas vezes frio que é a demissão (às vezes mais doída para quem demite do que para quem é demitido...). Insistir deve estar relacionado há um tempo específico e a uma conversa franca com o colaborador para que já neste princípio haja uma orientação clara sob o ponto de vista do administrador. Não estou falando de ameaça sob qualquer hipótese! Estou falando de conversar abertamente deixando alinhadas as novas perspectivas e expectativas para que o foco surja novamente. Nem sempre esta conversa é tão fácil quanto escrever sobre o assunto.

Para fazer funcionar um carro com falhas de motor de arranque certamente precisamos empurrá-lo caso contrário ele não vai sair do lugar, porém é muito importante que na primeira oportunidade levemos este carro a uma oficina para seu reparo, caso contrário, na próxima vez que tivermos que parar, vamos precisar empurrá-lo novamente e isso não é nada bom pois provoca desgastes físicos e emocionais que só tendem a piorar a situação. É bem melhor parar na oficina e fazer o reparo.

Na sua empresa isso não acontece? Nunca aconteceu? Ou será que você estava distraído enquanto tudo isso ocorria. O mais importante é tomar a decisão o mais antecipadamente possível para que o desgaste inicial não torne a ferida incurável.

Bom... e se ele (o carro) não der reparo? Então é melhor partir para outro seja à vista ou financiado.

Boa Sorte na sua próxima aquisição.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Palestra Motivacional sobre Voluntariado - ACM São José dos Campos


Vídeos e fotos da Palestra Motivacional sobre Voluntariado ocorrida na ACM – de São José dos Campos – SP no dia 3 de Julho de 2010 para professores e funcionários com o principal objetivo de motivar seus colaboradores e aprimorar a cultura do trabalho voluntário atraindo profissionais associados que possam colaborar com a ACM na execução deste trabalho de assistência a comunidade. Desenvolvido em todas as unidades da ACM; crianças, jovens e idosos são inseridos no contexto das atividades culturais, físicas, esportivas e festivas lhes proporcionando saúde e bem estar. Uma parte das mensalidades dos associados é destinada à assistência a estes grupos da própria comunidade. Seja um voluntátio você também !!!
                           
                           
                           Parabéns ACM pelo belíssimo trabalho!




                                                        

                                          

                                                  

                                                  



Para visualizar outros vídeos desta e de outras palestras no YouTube ngfilho2009


Até a próxima !


Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

domingo, 4 de julho de 2010

Brasil 1 x 2 Holanda: fim de jogo! Passagem para 2014...



“Nada do que foi será do jeito que já foi um dia, tudo passa tudo sempre passará... A vida vem em ondas como o mar ...” Nesta letra de Lulu Santos e Nélson Motta colocaremos a nossa esperança na próxima copa que será aqui no Brasil. Essa não poderia ser diferente ou será que sim? Confesso aqui que gosto do Dunga pela sinceridade e demonstração de amor pela seleção brasileira. Patriotismo na veia! (ponto final) Não concordo com as suas posições quando convoca (ou não) os jogadores, o que seria a sua função básica e mandatória para um treinador. Ter princípios que norteiem as suas escolhas é, sem sombra de dúvidas, uma grande virtude de um líder, porém estes não devem transformar as SUAS escolhas e opiniões nas mais corretas SEMPRE. Ficar discutindo com jornalistas é pra lá de descontrole emocional.

No início do jogo com a Holanda cheguei até a achar que iríamos dar um passo a mais nesta caminhada rumo ao HEXA mas depois que sofremos o primeiro gol vi que tudo não passaria daquela rodada. Com os nossos jogadores desequilibrados emocionalmente, o que vimos foi um time apático e sem atitude mesmo contando com jogadores experientes. Será que o Robinho foi proibido de fazer passos de dança depois de um gol? Será que ninguém foi forte o bastante para mexer com o brio do Kaká e fazê-lo entender que esta era a copa dele? E os novatos “nervosos” que não conseguiram se estabilizar durante os jogos e partiram para a agressão gratuita ou começaram a revidar as pancadas recebidas sem sequer disfarçar. E as jogadas burocráticas do Michel Bastos? Faltou alegria no trabalho para uma equipe que tinha tudo para ir mais a frente! (Mas que não seria campeã e eu explico mais adiante a razão)

A Copa do Mundo é um torneio naturalmente ingrato e que não dá chances de uma equipe se recuperar de uma falha. São apenas sete jogos para o campeão e seu vice. Três jogos no mínimo para os mais fracos e daí o restante se espalha entre um resultado e outro. Já sabemos disso há muito tempo. Somos PENTA (ainda). Agora com passagens compradas, vamos nos remoer em ver as nossas alegrias e o nosso grito de GOL presos na lembrança de copas passadas aguardando 2014.

Teoria da Conspiração: (Sem querer usar de adivinhação e apenas olhando os fatos, basta lembrarmos-nos de 1978 na Argentina e 1998 na França). Acho que tivemos que fazer uma escolha entre perder esta copa fora do país ou ganhar uma copa no Brasil. Perder aqui no Maracanã repetindo 1950? Ah... Isso não! Tenham piedade de nós. Agora só nos resta ver o renascimento do Dunga (técnico) semelhante ao que ocorreu com o Dunga (jogador): em 1990 – jogador derrotado; em 1994 – o Capitão Campeão. Será que ele volta em 2014 ou veremos um Felipão e sua “Família Scollari” fazendo história novamente? Malas prontas rumo a 2014!

Essa foi a primeira Copa do Mundo para o meu filho de 10 anos. Primeira no sentido vivencial, colecionar álbum de figurinhas, saber a escalação de todas as seleções, conhecer bandeiras dos países, saber onde ficam em seus continentes e coisas do gênero. Ele chorou com sentimento quando tomamos o segundo gol e a coisa piorou quando se aproximou os 40 minutos do segundo tempo. Optei por não intervir e deixei que ele curtisse de leve a sua primeira decepção. A copa teve seu valor sim: cultural e sentimental para um garoto de 10 anos (preciso encontrar algo de bom para falar, certo?) mas uma pergunta me intriga sempre: por que uma seleção PENTA campeã se dá ao luxo de ser desrespeitada por outra seleção apenas Bi-campeã (e com uma das copas muito mal explicada)? Por não ser psicólogo de formação gostaria que algum comentasse este assunto com capacidade e competência mas dou aqui o meu recado: acho que ainda sofremos de algum tipo de falta de valor próprio(sem soberba, é claro). A cada jogo eu ouvia (e já ouvi em outras copas e competições em que a nossa seleção participa) que devemos ter muito cuidado com o time tal e os jogadores “fulano de tal” que jogam na Espanha, Itália ou Inglaterra. Pô, somos os maiores exportadores de craques de futebol e ainda vamos ficar com esta síndrome de inferioridade até quando? Era visível a expressão de desespero, disfarçada em seriedade, dos nossos jogadores antes de capa partida. Será que está faltando preparo psicológico de verdade na nossa seleção? Será que vencemos apenas pelo nosso talento individual que não foi visto nesta copa.

Agora é só comprar as passagens para 2014 (mais baratas, é claro) e torcer para estes quatro anos passarem bem rapidinho. Dá-lhe BRASIL!!! (ai que dor de cabeça)

Por motivos diversos este texto não foi postado logo após o jogo e hoje já temos uma lista de demissionários e demitidos bem como uma nova seleção a ser formada. Boa sorte BRASIL!



Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica.
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terça-feira, 29 de junho de 2010

Brasil 3 x 0 Chile: o sonho do HEXA está de volta!


                                     É GOOOOOOOOOOOOOL do Brasiiiiiil !

Pensei que esse grito de gol ia ficar preso na garganta por muito mais tempo. Não estou falando de um grito qualquer não, estou falando de um grito com vontade de gritar pra valer. Do tipo daquele que o Adriano fez na final contra a Argentina, lembra? Ou daquele que o Lúcio fez contra os EUA. Muito bom, não? É certo que podia ser até uma goleada mais dilatada, porém foi o suficiente para nos encher de esperança e acalmar o nosso técnico Dunga e seus xingamentos “entre lábios” que viraram notícia em todo o mundo. Acho que ele foi orientado a assumir o seu papel de líder do grupo e está mantendo a calma mesmo diante de tanta pressão dos jornalistas. Parabéns Dunga!


Nestes jogos o que mais me impressiona é a nossa defesa (além das vuvuzelas, é claro!) que tem se comportado muiiiiiiiiito bem. O Lúcio está dominando o pedaço e saindo com uma leveza de impressionar a qualquer um torcedor dos mais moderados aos mais céticos. Juan fez um golaço mesmo depois de ter que se desvencilhar do Lúcio (ele está em todas!). Luis Fabiano não perdoa, é implacável naquele pedaço do campo e Robinho desencantou. Cheguei a comentar do estado de tensão que está transparente no rosto dele. Relaxa garoto! E pedala também!

A decepção continua sendo o Kaká que ainda está devendo uma partida daquelas que ele costumava nos presentear. Muito nervoso e batendo demais nos adversários pode desse jeito, ficar de fora em um momento mais delicado ou decisivo em que o time precise dele. Tem direcionar as forças para a Jabulani e não para o tornozelo dos adversários. Bate nela Kaká mas bate na direção do gol. Michel Bastos, Gilberto Silva e Ramirez foram eficientes nas suas posições mas sem brilho. Maicon deu uma apagadinha de leve nestes últimos jogos mas tem muito potencial para ir a linha de fundo e mandar na área. Fato é que com o fantasma da Jabulani ou não, já estamos nos encaminhando para as Quartas-de-Final e, se tudo der certo chegaremos lá.

Que venham os Holandeses e sua turma porque estamos afiando o nosso machado. Madeiraaaaaaaaaaaaaa!



Rumo ao HEXA Brasil!


Nota: por motivos diversos optei por não fazer comentários sobre a partida Brasil 0 x 0 Portugal e o meu filho está me cobrando uma explicação: jogo burocrático e sem sal.


Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim: Tropeçando na própria sombra (o filme).



Cena 1: Ufa! Quanta bandeira verde e amarela tremulando nos carros em cada esquina deste Brasil. Quando se aproxima a hora do jogo da seleção parece que o ponteiro do relógio dá voltas mais rápidas que o normal, o nosso coração acelera e da mesma forma o nosso carro mas... o trânsito é implacável e lento. Não nos dá muita chance de acharmos um caminho mais rápido para sentar e assistir a partida.

Cena 2: Ainda no corredor do estádio se preparando para sua segunda partida, a nossa seleção canarinho já demonstrava claramente o quanto estava preocupada e tensa. Muitos jogadores sequer esboçavam um sorriso num misto de passar a imagem de que estavam concentrados e de estarem realmente concentrados. Parecia uma preparação para uma batalha e não um jogo. Isso pode até ser bom, mas deve ter a dose certa, caso contrário o tiro pode sair pela culatra. Será o efeito Jabulani?

Cena 3: O jogo que seguia dentro de uma normalidade esperada, descambou para uma batalha real de cotovelos, quedas e espancamentos gratuitos entre profissionais da mais alta qualidade e posição. O placar seguiu seu rumo esperado apesar de novamente tomarmos um gol no final (o que tem demonstrado uma desatenção aos minutos finais das partidas) tendo uma zaga que tem recebido os maiores elogios da crítica futebolística dos últimos tempos.

Cena 4: Kaká – o líder natural, perde o controle e, depois de já ter tomado um cartão amarelo, começa a se envolver em confusões com os jogadores da outra equipe. Por outro lado, o nosso treinador deveria ter se antecipado e coordenado para que o jogador fosse substituído o quanto antes. É certo que quando se trata de futebol e Copa do Mundo devemos levar em conta que a carga emocional é muitas vezes maior do que qualquer outra situação que vivemos no dia a dia, mas isso não pode ser um meio para que as ações do grupo de liderança sejam nulas ou ineficientes.

Cena 5: O Juiz pergunta ao jogador se o gol teve um toque de mão (nessa hora não sei se coloco hahahahaha, ahahahahaha, kkkkkk ou asuahsuhauhsu). Com centenas de câmeras no estádio, o juiz da partida corre lado a lado com o Luís Fabiano e faz esta pergunta. Essa não dá sequer para comentar.

Cena 6: Na entrevista coletiva o nosso treinador Schwarzenegger dispara seu olhar fulminante contra um repórter, dá destaque à esta situação e inicia sua fúria em palavras sussurradas entre dentes... Um descalabro sem precedentes na vida corporativa, mas permissivo no apaixonante mundo futebol.

Vou parar na cena 6, de caso pensado, para manter viva a minha esperança de um HEXA. Fato é que temos ferramentas especiais em fase de ajustes e algumas prontas para uso, temos estoque de qualidade, temos gestores competentes, mas estamos enveredando por um caminho de retrabalhos e desgaste emocional muito grande que pode levar a nossa equipe a ter problemas logo à frente. Ainda bem que tudo isso se dá numa fase inicial onde, com uma retomada de direção e de liderança, rapidamente achamos o rumo certo e voltamos a crescer. O bom é que, apesar dos desgastes emocionais, há um “Q” de querer vencer a qualquer custo para apagar da memória a Copa de 2006.

Que venham os Portugueses.

Rumo ao HEXA, Brasil!!!






Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil 2 x 1 Coréia: Vencendo os desafios da estréia.


Nestes tempos de Copa do Mundo somos todos técnicos, jogadores, auxiliares técnicos, repórteres e grandes torcedores da nossa e da seleção do técnico. A nossa vem primeiro até que saia a convocação, daí em diante passa a ser chamada a seleção do Parreira, do Zagallo (confesso que não sei se o original é com um ou dois “éles”) ou atualmente a seleção do Dunga. Muito se fala e se cobra daqueles que são chamados a representar a nossa nação em uma das competições que mais mexem com o sentimento nacionalista, a Copa do Mundo. No nosso caso tendo mais de 180 milhões de torcedores, pouco se comparado à China, mas muito se comparado à tradição, responsabilidade e cobrança que exercemos sobres os nossos representantes. Para nós um segundo lugar beira a desonra, não tem qualquer significado mesmo que o nosso adversário seja superior durante os 90 minutos. Somos cruéis e implacáveis não deixando sequer que as nossas mágoas, por não ver um determinado jogador de nossa preferência ser chamado a participar do grupo, passem despercebidas nos nossos comentários sobre o atual time. Queremos sempre a nossa seleção, a minha seleção. Tudo bem, isso é apaixonante mesmo. Mexe com o nosso instinto mais evolutivo que é o de sobrevivência.

"Quem nunca falhou numa estréia que atire a primeira pedra". É certo que mesmo com toda a preparação, com os resultados, com a estatística a favor, não queremos ver um placar tão magro e com um gol do inimigo no final. E se fosse de virada? Aí seria um placar motivador e representativo, do jeitinho que gostamos de ver a nossa seleção se apresentar em qualquer situação. Hoje pude ver o quanto a seleção demonstrou estar bem preparada psicologicamente por sua equipe técnica e, sobretudo, convicta de que a liderança Dunga tem feito bem aos jogadores. É visível o crescimento de jogadores como Juan, Michel Bastos (jogando contra o fantasma Roberto Carlos que foi imortalizado na posição), Lúcio e do craque Maicon que veio para substituir ninguém menos que Cafú. Robinho correu com a disposição de uma pelada de várzea, estava em todos os lugares. Outros craques já não foram tão bem diante de um adversário que parecia se multiplicar protegendo a sua meta, os coreanos cortaram quase todos os passes e chutes que iam em direção ao seu gol. Em alguns momentos achei que tinham uns dois jogadores a mais e só na defesa!

Estrear numa Copa do Mundo requer muito mais que ter um líder autêntico e direto tal qual o Dunga, requer confiança no grupo, no todo, saber que estar bem preparado é fundamental para seguir em frente tendo a certeza que para esta competição as estatísticas de ontem não fazem a menor diferença para nós torcedores brasileiros, pois o que queremos é ver a bola na rede do adversário. Abro aqui um parêntesis para falar do quanto percebi o que é trabalhar em equipe e saber ser liderado. Em todas as entrevistas coletivas os jogadores são argüidos sobre a liderança do Dunga, seu jeito de comandar (ou liderar?) e sobre as suas vontades pessoais contrastando com as diretivas da seleção brasileira e eles tem se saído muito bem na maioria das vezes. Decisão tomada requer coesão, pensamento focado, esforço conjunto para alcançar a meta, superação e valorização do todo. Os críticos farão a seleção natural (Darwiniana) para eleger o craque do jogo, da semana ou da seleção, mas este é o papel dos críticos sejam eles torcedores ou profissionais do esporte. Junto me aos brasileiros que querem ver, desde o início, um futebol-arte de dribles desconcertantes e jogadas que nos deixem de boca aberta mas sou também solidário à mensagem que este grupo tem passado para todos nós através de suas atitudes e declarações. Dá para ver a alegria estampada no rosto deles quando qualquer outro jogador do time aparece e marca sua presença. É muito legal ver jovens profissionais já realizados se emocionando ao fazer um gol numa competição em que representa seu país. Se Maslow (1/Abril/1908 – 8/Junho/1970) estivesse vivo colocaria o nosso lateral Maicon e o meio-campista Helano no topo de sua Pirâmide das Necessidades (ou Hierarquia das Necessidades): profissionais consagrados buscando a auto-realização que é vencer uma Copa do Mundo e se emocionando como se fossem o Ronaldo Fenômeno com apenas 18 anos de idade na Copa de 94. Ao ser substituído logo após seu gol, Helano balançava a cabeça numa tentativa de trazer seus neurônios à realidade do acabara de acontecer enquanto no gol anterior Maicon caiu de joelhos agradecido pela recompensa ao seu esforço contínuo em buscar a jogada pela linha de fundo.

Vencemos o primeiro desafio neste torneio ingrato que é a Copa do Mundo. Temos muito que aprimorar e acho até bom que Kaká, Luís Fabiano, Gilberto Silva e Lúcio não tenham se destacado nesta partida, pois assim tenho a certeza que dias melhores virão.

E você? Já foi colocado à prova durante a sua estréia? Como foi seu comportamento? Você apresentou os resultados que a sua torcida esperava? Alguém te criticou? Como foi a sua estréia? Pense nisso neste clima de euforia que é a Copa do Mundo e tire proveito dos ensinamentos que estas histórias podem te passar.

Até a próxima partida e espero escrever sobre as vitórias do Brasil do início ao fim desta Copa do Mundo 2010.

                                           Rumo ao Hexa!!!




Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Conveniência Total: Uma nova forma de atender seu cliente


Das grandes transformações pelas quais a humanidade já passou com certeza a sensação de escassez de tempo é a que mais tem afetado e causado alterações no nosso cotidiano. Se observarmos as invenções e descobertas que ocorreram na nossa história mais recente todas, invariavelmente, levaram pouco tempo desde a sua idéia inicial até a realização do sonho (criação do produto ou serviço) se comparadas com invenções ou criações que ocorreram no século passado e mesmo assim ainda hoje somos tomados de assalto pela falta de tempo. Sabedores desta situação, todos fornecedores que nos cercam buscam nos proporcionar a sensação de que estamos utilizando melhor este recurso tão valioso e tão igualitário que é o tempo. Os pesquisadores não poderiam deixar de observar este fato tão importante e estudar o comportamento da sociedade durante o ato de comprar, fazer negócio ou adquirir produtos/serviços. Todas as etapas, desde a propaganda até a aquisição propriamente dita, são estudadas com muito critério e análise de forma a transmitir ao cliente o verdadeiro conceito de uso que está agregado aquele produto/serviço de forma direta ou indireta. O cliente tem exigido das empresas toda forma de eliminar desperdícios e até mesmo a sensação de perda de tempo ou qualquer outro fator do ambiente externo que lhe cause stress ou desconforto.


As grandes redes, por perderem espaço para pequenos varejistas, têm se dedicado a encontrar formas de atrair, ou melhor, de ir até o cliente oferecendo serviços que não lhes causem interrupções ou grandes alterações às suas rotinas (dos clientes). Esta forma de customização que envolve grupos de indivíduos com características semelhantes, é também chamada de Conveniência ou Macro Customização.

Quatro fases bem distintas são determinantes na relação empresa-cliente:

a) Conveniência de Acesso: estudos comprovaram que o cliente se sente incomodado quando qualquer dificuldade é encontrada já nesta fase mais primária do processo de compra. Grandes redes de lojas instaladas em centros comerciais têm procurado outros pontos de venda de maior facilidade de acesso aos consumidores como lojas menores localizadas em bairros e pontos estratégicos. Elas têm atraído um grande número de consumidores que não suportam a dificuldade de ter que buscar vagas em estacionamentos lotados dos grandes centros comerciais ou pagar para estacionar. Acesso fácil garante a aproximação do cliente à sua loja. Às vezes observo algumas lojas com uma iluminação inadequada ou até com luzes apagadas na tentativa errônea de economizar energia. Este é o primeiro sinal para que o seu pretenso cliente sequer se aproxime da sua loja. É como dar um tiro no próprio pé!

As vendas por catálogo de papel ou pela internet têm sido alvo de muito estudo para o desenvolvimento deste tipo de serviço, pois nestes casos pelo fato do cliente não ter de ir às lojas, criam uma facilidade maior. O número de transações feitas sem sair de casa tem aumentado, mesmo com a aparente falta de segurança na transação por computador ou pela incerteza gerada pelo fato do produto ser visto através de uma foto ou vídeo, trazendo para o cliente final uma sensação de redução do stress sofrido pelo deslocamento para a compra: preparação antes de sair de casa, trânsito, acidentes, estacionamento e etc. Grandes sites têm trabalhado muito no desenvolvimento de telas de navegação “fáceis de usar” de modo a não criar qualquer dificuldade mesmo para os usuários que não têm tanta familiarização com o computador além de mecanismos de proteção à transação por via eletrônica seja através de seguros ou chaves de acesso com senha. Tudo isso tem aumentado gradativamente a confiança nas compras feitas pela internet competindo diretamente com as ofertas nas lojas.

b) Conveniência da Procura: Uma vez que o cliente decide ir ao local de compra, ele está sujeito a receber um bombardeio de informações dos produtos quer seja pela indicação dos vendedores, pelo layout da loja, suas propagandas em vitrines ou cartazes, pela experimentação dos produtos ou ainda por qualquer outra forma de divulgação disponível em mídia eletrônica ou impressa. Neste momento, a facilidade de encontrar aquilo que é de seu interesse é parte fundamental do processo decisório para concretizar a transação. O layout da cada loja, cada departamento, cada secção, até mesmo das gôndolas, deve transmitir ao cliente esta sensação de facilidade de acesso aos produtos, serviços e suporte pós-venda. Neste campo os supermercados são especialistas. Você certamente já notou que alguns produtos como pilhas, aparelhos de barbear, balas e doces, preservativos, etc ficam bem visíveis próximos ao caixa de registro das compras. Quantos de nós já esticamos o braço e colocamos uma barra de chocolate na nossa cesta de compras.

Produtos bem localizados, com informações suficientes que permitam ao cliente fazer uma boa escolha, atendentes treinados que conheçam os produtos e serviços oferecidos e que possam até sugerir outras opções complementares, com certeza vão criar um elo entre a macro customização inicial (customização em massa) e a escolha individualizada (customização real). Em muitos casos o cliente quer uma sugestão de combinação de roupas, perfume, corte de cabelo, etc. A capacidade de sugerir ou apresentar o produto ou serviço com rapidez e clareza é um fator de altíssima importância, e até mesmo determinante, para o negócio ou possível retorno do cliente à loja. Se certo grau de confiança for alcançado já neste primeiro contato, daí o sucesso pode estar garantido. Todos nós buscamos tratamento individualizado nas nossas operações, o caráter de exclusividade atrai muito fortemente os clientes.

Outro fator importante e muito usado é a criação de espaços com lojas de um mesmo segmento tal como as praças de alimentação, lojas de serviços diversos (limpeza e conserto de calçados, recarga de cartuchos, molduras para quadros, etc) que ficam todas muito próximas ou num mesmo corredor de um centro comercial.

c) Conveniência da Posse: é determinada fundamentalmente pela disponibilidade do produto ou facilidade de obtenção. É no ato da aquisição que o cliente tem concretizada a sua necessidade, é onde ele sente o prazer da realização do sonho seja ele pequeno ou grande. Tente lembrar-se da sua cara de felicidade quando comprou o primeiro carro zero quilômetro ou a primeira casa ou apartamento. Lembrou? Ficou com cara de bobo ou não? Pensando nisso algumas lojas que vendem produtos que o cliente não pode levar já no momento da compra, tem trabalhado fortemente no desenvolvimento de sua cadeia logística para que a entrega seja feita com a maior rapidez de modo a manter o cliente com a mesma satisfação do dia da compra ou então ele sai de lá com um brinde que, inconscientemente, representará o bem adquirido. Algumas redes de lojas trabalham com datas pré-estabelecidas em conformidade com a necessidade do cliente. Há grandes magazines que se comprometem a entregar móveis ou eletrodomésticos no mesmo dia da compra e para isto desenvolveram toda uma rede de depósitos ou armazéns estrategicamente localizados nas cidades de forma a atender estas solicitações e compromissos. O sentimento de aquisição ou compra verdadeiramente se dá quando o cliente tem o contato físico com a mercadoria ou a execução do serviço é completada. Estoques bem dimensionados são parte fundamental do processo para que esta operação tenha sucesso garantido. Todo cuidado deve ser redobrado nas vendas efetuadas pela internet, pois a demora no processo de entrega removeria os ganhos em tempo e facilidade de acesso que foram obtidos no processo inicial. Grandes redes têm se associado a várias lojas de outro ramo de negócio de forma que o cliente possa ter em um só local vários serviços ligados direta ou indiretamente ao seu: bancos 24hs, salão de beleza, restaurantes fast food ou self-service, lojas poupa tempo, locais de diversão para crianças, etc.

d) Conveniência da Transação: é a última etapa de todo o processo e está dividida em dois momentos distintos: o pagamento e a troca das mercadorias. Para a etapa do pagamento o cliente não espera encontrar filas muito longas ou qualquer outra ação que lhe roube mais tempo do que aquele que já foi gasto nas etapas anteriores. Filas muito grandes causam a impressão de falta de funcionários, falta de treinamento no atendimento e perda de tempo de uma forma geral retirando todo o sentimento de bom atendimento que foi estabelecido até aquele momento.

No processo de troca de produtos cria-se uma nova oportunidade de contato com o cliente e esta oportunidade deve ser explorada de forma inteligente. Se bem sucedido dá ao cliente a certeza de uma escolha (finalmente) correta através da concretização da troca. Várias lojas não permitem troca de mercadorias aos sábados por ser um dia de muito movimento, porém se esquecem que estão eliminando este novo contato com o cliente que certamente poderia se tornar uma nova oportunidade de venda complementar. Vale lembrar que o cliente que sai aos sábados para comprar ou trocar mercadorias, normalmente, tem mais tempo e disponibilidade que aquele que vai à loja num dia útil. Um bom atendimento nesta última fase, fecharia com “chave de ouro” o processo de compra.

Se você é proprietário, gerente ou supervisor, então olhe criticamente para o seu negócio e verifique se ele abrange todas estas quatro etapas de Conveniência enquanto você atende seu cliente. Se já atende, tente aprimorar os processos em qualquer uma destas fases ou até criar novos para o seu público. Se não atende, este é o momento de repensá-lo em detalhes para que, uma vez re-estruturado, possa atender às necessidades dos seus clientes.

Pense sempre na Conveniência da compra sob a ótica do seu cliente e faça de tudo para que cada etapa seja executada da melhor maneira possível. Todos nós buscamos ter a nossa vida facilitada de alguma forma e Conveniência pode significar muito para a nossa decisão nestas horas.

Boa sorte e seja conveniente sempre!

 
Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os Três Segredos (Pilares) da Liderança Feliz.


Recentemente fui chamado para fazer uma palestra para estudantes de 17 a 20 anos sobre a profissão do Técnico em Eletrônica. Aceitei e propus que o tema incluísse aspectos do mercado de trabalho. Ao longo da palestra inseri três palavras isoladas e que considero determinantes para o sucesso de qualquer pessoa seja no campo profissional ou não, em especial no caso desta geração, porque serão líderes nos seus setores num futuro que vai chegar muito rapidamente. As palavras são: AMOR, ÉTICA e FÉ.

AMOR: trabalhar com amor ou mais que isso, viver com amor é o primeiro degrau da escada da sua vida de líder. Somos todos sensíveis às alterações que o ambiente nos provoca e necessitamos compreender aquele que está ao nosso lado e aceitar as suas dificuldades. Tentar modificar o ambiente em que estamos inseridos, compreendendo e sendo compreendido de forma que o resultado do grupo seja alcançado. Lendo este texto pode até parecer simples ou fácil, mas não é. O bicho-homem tem suas mazelas e as coloca em jogo em momentos desnecessários adicionando um componente complicador que muitas vezes só está direcionado para si: seus objetivos acima dos demais. Pronto, foi criado um novo problema! Tratar as pessoas com amor não significa fazer o que elas querem, mas tratá-las com dignidade, com a intenção de desenvolvê-las rumo aos objetivos da empresa e aos seus (dela) também.

Ser persistente nesta tarefa é demonstrar AMOR pelo seu colega de trabalho. Ser sincero e dizer claramente o que está certo e o que está errado, ajudá-lo sempre que for possível e naquilo que for possível, também é uma demonstração de AMOR. Certamente não temos tempo a perder e as empresas nos cobram resultados para ontem nos levando, a cada dia, a esquecermos este fundamento básico e de sobrevivência, porém mesmo nos momentos mais difíceis devemos ter sempre em mente que aquele que está do outro lado merece ser tratado com AMOR. Na vida pessoal não é diferente, na realidade muitas das nossas desavenças no local de trabalho são derivadas dos nossos comportamentos no seio da sociedade que afloram com mais intensidade quando somos submetidos às cobranças que o dever nos coloca à frente. Os desafios nesta hora são meros amplificadores dos nossos sentimentos e vontades e chegam para apimentar o momento.

Outras palavras são parte integrante e indissolúvel da palavra AMOR: respeito, carinho, cordialidade, boa vontade, atenção... Juntas formam o primeiro segredo para a felicidade e para construção de um verdadeiro líder.

ÉTICA: deve fazer parte do manual de sobrevivência de qualquer profissional e principalmente de um líder. É como uma cartilha onde sabemos o que é certo e errado não com a nossa visão deturpada por tudo que vemos na TV ou lemos nos jornais, mas pelo que realmente é certo. É como se as nossas decisões fossem tomadas diante de um público ou audiência VIP – Very Important People onde os nossos pais, nossos filhos, os melhores amigos e um clone de nós mesmo estivessem sentados na arquibancada a nos assistir. Os exemplos da geração de outrora já não representam mais nada hoje em dia e o velho ditado de “fazer o trato no fio do bigode” já virou piada de salão. Na vida real somos todos imersos num oceano de falcatruas, descalabros e desvios de materiais, dinheiro e conduta onde pessoas que ontem confiávamos, hoje são expostas como “cabeças” destes maus exemplos. Trabalhar com ÉTICA é fazer o que é certo não sob o seu ponto de vista, mas sobre o que é correto sem se importar com o resultado final. Muito difícil ou quase impossível de acontecer nos dias de hoje. Porém não devemos deixar de seguir o caminho certo colaborando no nosso ambiente para que cada situação seja resolvida desta forma pois somente assim teremos uma sociedade mais justa e mais igualitária.

Supervisores, Gerente e Diretores são alvos fáceis de serem contatados para participar de falcatruas e desvios e devem manter-se longe deste ambiente. Certamente o caminho será mais difícil, porém será um caminho justo e a vitória terá sempre um sabor muito especial. Será uma vitória justa e gloriosa que poderá ser contada paras os filhos, sobrinhos e netos. Ainda bem que não faltam bons exemplos que, apesar de poucos, ainda sobrevivem às tentações que o vil metal (dinheiro) nos coloca a cada dia. Estas tentações, que chegam por todos os lados, são servidas como num banquete que, se nos deleitarmos, certamente venderemos a nossa tranqüilidade até o fim de nossas vidas. ÉTICA se inicia na formação dentro de casa onde os exemplos devem acontecer, mas é testada nas ruas, no convívio social da escola, do trabalho e do lazer. ÉTICA é o segundo segredo para a sua liderança.

FÉ: é acreditar em você, naquele que está ao seu lado, na sua escola, na sua empresa, na sua equipe e é acreditar também em algo superior, algo que te traga convicções e certezas que podemos ser melhores a cada dia, a cada ação, a cada atitude. A nossa FÉ deve ser inabalada, incondicional e eterna. Dedique-se à você mesmo, tenha um tempo para si e busque acreditar nas suas possíveis realizações, naquilo que você tem a oferecer aquele que está ao seu lado. Faça planos e coloque-os em prática. Você deve buscar a FÉ até que ela aconteça para você, inicie passando confiança, sinceridade, despertando a verdade como sentimento de relacionamento e não de troca. Busque passar a certeza de que, acreditando em você, você acredita no outro também.

No trabalho somos inspecionados a cada etapa por contingência da nossa execução fiel às regras estabelecidas, mas isso não quer dizer que não acreditam em nós e nós líderes devemos ficar muito atentos às necessidades de atender ao que a empresa solicita e aquilo que é a vontade ou necessidade dos nossos colaboradores. Ter FÉ é um ato de coragem e retidão, é saber que seus princípios têm fundamento. Demonstrar é passar ao outro a vontade de acreditar que tudo é possível, que devemos buscar motivações dentro e fora do nosso ambiente de trabalho para alavancar a nossa força motriz. Ter FÉ é ter a vontade de vencer cada barreira que surgir e tenha certeza que muitas surgirão no seu caminho, mas também é celebrar cada barreira vencida enquanto caminhamos rumo à linha de chegada. É acreditar na sua equipe e saber que ela é o motor do desenvolvimento e criação de soluções que a sua empresa necessita. FÉ, aí está o terceiro segredo para o seu sucesso na liderança.

Tudo mais que aconteça na sua vida ou na sua liderança deverá ser erguido sobre estes pilares e pode ter certeza que esta construção vai durar por muitos e muitos anos. Treinamento, networking, marketing viral, empreendedorismo, diversidade, equilíbrio emocional, crescimento profissional, comprometimento, motivação, teamwork, ... serão como novos pisos da construção da sua liderança forte e duradoura.



Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...