Curiosidades: nomes de bairros do Rio de Janeiro

 Ontem enquanto aguardava um amigo que estava surfando na Praia do Sapê em Ubatuba fiquei lembrando algumas histórias que já ouvi ou li sobre bairros da minha cidade natal que é o Rio de Janeiro. Uma cidade linda e rica de belezas naturais e com um povo trabalhador (apesar da fama contradizer este fato, posso assegurar que é uma difamação pois o povo trabalha muito!). Estas lembranças me ajudaram a matar um pouco da saudade da minha infância através desta postagem bem diferente daquelas que costumo fazer para este blog. Aí vão as histórias que, devo confessar, não fiz qualquer pesquisa histórica ou documental então se souberem de algo diferente, fiquem à vontade para contradizer, complementar ou até confirmar adicionando novos fatos ou informações. Vamos às histórias então?

- Em Guaratiba no Rio de Janeiro foi morar um inglês chamado William. Por aquelas bandas e naquela época, o povo com pouca instrução não conseguia pronunciar seu nome, então ele ficou conhecido como "Seu" Ilha tal e qual uma pronúncia de seu nome. Daí Ilha de Guaratiba virou nome de um bairro que não é cercado de água por todos os lados, ou seja, não é uma ilha!

- Os moradores da Parada de "Gambá" não gostavam do nome do bairro em que moravam. Como era motivo de chacota de habitantes de outras localidades, eles escreveram uma petição para o prefeito do Distrito Federal para "...por piedade mudar o nome da Parada de "Gambá". Achando muita graça sobre os argumentos dos moradores que ao saltar do trem sempre ouviam toda uma variedade de deboches dos passageiros que seguiam viagem, deu o seguinte despacho direto para sua assessoria: "Cumpra-se conforme o solicitado".

O burocrata expediu a ordem direta – “Troquem o nome da parada de trem por piedade". Assim foi feito e o bairro ganhou seu atual nome que é Piedade.

- O Quinto Alqueire virou Valqueire. É que Quinto, na grafia romana, é V. Ou seja, V colocado ao lado da palavra Alqueire se tornou Valqueire".

- A Praça Seca tem uma história bem interessante também, seu nome deriva do Visconde de Asseca que, com o passar do tempo virou Praça do Asseca, Praça Asseca até o atual bairro da Praça Seca.

- Bairro do Encantado trás na sua história um fato curioso pois onde atualmente é a Linha Amarela ocorreu algo bem diferente: uma charrete sumiu em um lamaçal, daí passaram a falar que o lugar era encantado... Pegou o nome que sobrevive até hoje.

- Rua Pedro IV (4º) no centro do Rio de janeiro ainda não mudou de nome, mas sempre foi conhecida como Rua Pedro Ive.

- O bairro de Realengo tem uma história curiosa: o local, em tempos remotos, era uma grande fazenda (talvez de cana) e era batizada por Real Engenho. Mas na placa era escrito assim: Real Engº. E com o tempo, os habitantes do local passaram a chamar o lugar da maneira que liam a placa, ou seja, Real Engo virou Realengo.

- Existe um viaduto na Av. Brasil, que dá acesso à Universidade Federal Rural do Rio de Janaeiro, que muitos chamam de Viaduto dos Cabritos. E muito pensam que é por ter tido muitos cabritos por lá. Ouvi dizer que o seu nome verdadeiro é Viaduto Engenheiro Oscar Brito que com o passar do tempo dfoi simplificado para Viaduto Oscar Brito e com a junção das palavras faladas “viadutooscarbrito” surgindo então o novo nome “Viaduto dos Cabritos”.

- Outro nome de bairro curioso é ‘BANGU’, pois os Senhores de Engenho que cavalgavam léguas sem parar e famintos, certa vez passaram por um lugar onde havia uma escrava cozinhando um caldeirão de angú muito saboroso, e logo a notícia do BOM ANGÚ se espalhou. Pouco tempo depois todos os homens da região antes de sair à cavalo passavam lá no ‘Bom angú’. Era quase um ritual, ninguém viajava sem passar no ‘Bom angú’ para prosseguir a longa jornada. Logo foi inevitável a unificação das duas palavras e virar ‘Bangú’.

Se você sabe de outras curiosidades sobre bairros do Rio de Janeiro ou de outras cidades deste nosso Brasil deixe seus comentários no blog ou envie um email para mim. Assim que tiver oportunidade farei um novo post. Divertir-se, esvaziar a mente, pensar fora da caixa também é um bom negócio.

Pense nisso!