Pesquisa personalizada

domingo, 25 de abril de 2010

Economize seu tempo e seja feliz!



Tempo é o que não falta pra ninguém, o que falta é um pouco de organização em todos nós. São 24 horas divididas em minutos e segundos para que ninguém diga que não sabe o quanto já perdeu ou deixou para trás, porém ele é implacável, impagável, intransferível e invendível (como diria um ex-Ministro de um ex-Presidente que soltava suas “pérolas” durante as entrevistas).

Quer fazer uma experiência simples e bem interessante? Quando você acionar o seu microondas para aquecer a água para um chá ou para estourar pipocas execute algumas pequenas tarefas enquanto ele trabalha sozinho. Viu! Você verá que dá para fazer algumas delas tranquilamente e ele vai te avisar, com aquele apito chato, quando tiver completado a parte dele. Eu coloco 1 minuto para aquecer a água para um chá e subo as escadas para acordar a criançada para a escola (pela terceira vez, é claro!). Então vamos lá:

Implacável porque não te dá uma nova chance de conquistá-lo ou reavê-lo e caso você consiga de alguma forma recuperar um pouco do tempo perdido, pode ter certeza que vai te exigir algum gasto em dinheiro. Se a sua produção está atrasada e você precisa acelerá-la vai pagar horas extras, vai comprar uma máquina mais rápida ou vai pagar para outra empresa fazer em seu lugar de forma a cumprir o cronograma acertado. Tudo isso é custo ou não é?

Impagável no sentido que não está disponível diretamente para ser negociado. Não me recordo de ter visto um anúncio sequer parecido com:

Vendo 2 horas do meu dia.
Tel.: 1234-5678.
Falar com Fulano de Tal.

Confesso que seria uma grande jogada de Propaganda para conseguir emprego ou chamar a atenção.

Intransferível pois não há como fazer com que o tempo quer sobra para uma pessoa passe para outra, ou seja, um cidadão ficar com 26 horas e outro com apenas 22. Isso não dá para fazer mesmo!

 
"Invendível" também porque quando negociamos o uso de outra mão de obra, na realidade não estamos comprando tempo mas serviço. O método pode até ser baseado em horas porém estamos comprando a execução de uma tarefa por um determinado período e esta tarefa pode ou não ser completada neste tempo.

Um bom referencial sobre este tema é o livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes” de Stephen Covey onde no seu capítulo 3 apresenta a Matriz de Gerenciamento do Tempo com seus quatro quadrantes e todo o seu desenvolvimento e aplicação. Um livro muito importante para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.



UI – Urgente e Importante: São as necessidades da crise, regidas pela pressão. É o quadrante do Inevitável. Os resultados de trabalhos neste quadrante são estresse, esgotamento e sensação de apagar incêndios.

NUI – Não Urgente e Importante: É o quadrante da Qualidade, ligado ao planejamento, desenvolvimento e identificação de oportunidades. Tem como resultados o equilíbrio, visão e perspectiva.

UNI – Urgente e Não Importante: Composto por interrupções, telefonemas, correspondências e demais atividades triviais. Resulta em foco no curto prazo e é conhecido como quadrante da Decepção.

NUNI – Não Urgente e Não Importante: Geralmente são tarefas agradáveis, mas que não trazem benefícios verdadeiros, como navegar pela internet, fofoca e alguns emails. Costuma demonstrar irresponsabilidade e resultar em baixo rendimento e até demissões. Chamado de quadrante do Desperdício.

O tempo é democrático e igualitário, sendo sempre a mesma quantidade para todos os seres vivos. Nem um segundo sequer a mais ou a menos para um indiano ou australiano. Para aprendermos a economizar esta jóia tão preciosa que temos existem algumas dicas bem simples e fáceis de aplicar:

Agenda de tarefas e calendário: todos os dispositivos eletrônicos carregam algumas ferramentas disponíveis em seus serviços já embutidos e uma delas é a agenda de tarefas e o calendário. Até mesmo o mais simples celular possui o que não te dá chance para desculpas. Apreenda a colocar neles os seus compromissos da semana, do mês e futuros. Esta atitude vai gerar em você um senso de organização muito interessante que vai te levar, em alguns casos, a declinar de um compromisso devido a outro já marcado. Esse fato não ocorreria caso você não tivesse consultado sua agenda, certo? E aí, neste caso, você teria que espremer o seu dia caso quisesse atender aos dois compromissos. Atualmente existem milhares de programas de transferência e sincronização de agendas e calendários para que você mantenha os mesmos dados em casa, na rua e no trabalho. Alem de servirem de back up quando você perde ou troca de dispositivo. Ah... incluo nesta parte os alarmes que estes dispositivos possuem. São tão úteis quanto à agenda de tarefas e o calendário.

Trabalho em excesso: às vezes é necessário que se trabalhe um pouco além do horário normal, o que não está errado, porém mesmo em situações como estas, se permita sair no horário normal mesmo no meio da crise para que o seu cérebro entenda e re-aprenda que este é o seu horário habitual. É muito comum ver executivos caírem na rotina de ficar no escritório seguidamente devido ao fato de uma necessidade passageira se tornar um hábito, neste caso, muito ruim. Caso a necessidade seja um pouco prolongada, tente chegar mais cedo e sair no horário normal. Faça uma ginástica neste dia para que o cansaço te permita uma noite de sono e não leve tarefa para casa. Divirta-se mesmo que em um dia que não é seja muito comum. Faça algo fora da rotina!

Aprenda a delegar e a dizer NÃO: duas tarefas muito difíceis para os exigentes e perfeccionistas mas... aprenda a não cair na tentação. Libere as tarefas gradativamente para aqueles que podem te ajudar a completá-las. Não tenha medo caso contrário você vai ficar cada vez mais no fundo do poço e lembre-se que ninguém executa uma tarefa da mesma forma que outra pessoa. Esta regra é bilateral, ou seja, você também não executará uma tarefa igual ao seu solicitante, é claro que quanto maior a similaridade é muito melhor. Já dizer NÃO pode ser muito fácil para aqueles que não carregam o espírito de colaborador em si, porém é uma tarefa dificílima para aqueles que normalmente são voluntários ou buscam colaborar com os outros. Se você quiser ter o SEU tempo melhor aproveitado então aprenda a dizer NÃO para aquelas pessoas ou tarefas que não caibam no seu “prato”, caso contrário você é que ficará sobrecarregado. Seja sincero e educado não hora de dizer NÃO mas diga se achar necessário.

E-mails: Hoje vivemos e sobrevivemos à base da comunicação e, se por um lado nos ajuda, por outro devemos nos policiar para que estas ações não ocupem todo o nosso tempo. Responder às mensagens eletrônicas é uma destas tarefas. Se optar por acessar a sua caixa de mensagens então responda de imediato sempre que souber a resposta, não deixe que o prazo estipulado pelo solicitante seja o seu limitador. Responda logo! Elimine aquelas mensagens que não têm utilidade, apague-as de uma vez caso contrário você se sentirá na obrigação de lê-las. Nesta área eu destaco: convites para feiras e cursos em locais muito distantes, prazos expirados, assuntos que não têm a ver com o seu interesse e as correntes de mensagens. Na hora de responder veja se é realmente necessário copiar toda a lista, é muito comum essa prática e só leva a encher a caixa postal dos outros (ou a sua quando você é o recebedor). Passe esta orientação aos seus colaboradores, ela vai te aliviar bastante e fazer com que seu tempo de leitura de mensagens seja reduzido. É muito comum fornecedores e clientes solicitarem dados para toda a lista de emails da sua empresa, neste caso, retorne

Telefone: faça um bom trabalho na sua empresa para que saibam filtrar as ligações telefônicas e passá-las para a pessoa adequada. Tal e qual os emails, atualmente é fácil conseguir o número de telefone de quase todo mundo e por esta razão cairá no seu ramal várias ligações de todo tipo de propaganda, oferta de serviços, busca por informações e outras mais. Seja objetivo e quando a ligação não for para você, informe ao interlocutor, com clareza, o ramal da pessoa com a qual ele queria falar para que numa próxima oportunidade ele não ligue novamente no seu ramal. Isso certamente já aconteceu com você, ou não?

Interrupções e imprevistos: as interrupções devem ser evitadas e analisadas quando acontecerem. Lembre-se que alguns minutos de orientação hoje podem te poupar muito tempo amanhã. Muitas interrupções acontecem simplesmente porque o interlocutor não quer fazer uma busca mais detalhada ou tem preguiça mental evitando o esforço da busca e transfere a responsabilidade para você sempre. Uma vez ou outra tudo bem mas SEMPRE é que causa problema. Importante: nem de longe estou falando sobre não colaborar ou trabalhar em equipe, estou aqui citando aquelas situações que muitos de nós já passamos de recebermos toda a carga de responsabilidade “informal” de responder ou saber de tudo o que ocorre no departamento do lado.

Imprevistos, da mesma forma, devem ser analisados de forma objetiva e preventiva, pois eles certamente ocorrerão sempre. Um tempo livre é importante nestas situações, portanto se você vai estabelecer um tempo para uma reunião ou para atender um fornecedor lembre-se que computadores param de funcionar sem aviso prévio, carros furam pneus, trânsito é sinônimo de engarrafamento e assim por diante.

Bom... não dá para ser perfeito e nem ser um relógio suíço mas com certeza conseguimos aliviar um pouco da pressão das tarefas se acumulando se usarmos estas dicas acima. Evite PROCRASTINAR (adiar, ”empurrar com a barriga”) as tarefas que devem ser cumpridas, pois a sensação psicológica é muito ruim e permanece na sua memória tornando-o uma pessoa que sempre atrasa as suas entregas.


Não deixe para depois, comece já o seu projeto de não perder tempo.

Carpe Diem!




Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Criatividade e Inovação ao alcance de todos.


Como criar ou inovar em um mundo tão competitivo e desafiador? Por que temos que ser criativos? Por que devemos repensar os nossos produtos ou serviços? Para fazermos esta análise basta mudarmos de posição e passarmos a olhar estes mecanismos sob a ótica do cliente. Com certeza as nossas observações ficarão muito mais claras e sensatas. O texto a segui foi escrito de forma bem simples para desmistificar o processo de criação e levá-lo à pequenas empresas ou até à você que é um profissional liberal.

Como clientes, apreciamos um serviço completo, por um preço justo ou pelo menos justificável e pronto! Sem mais nem menos ou talvez com algo a mais, certo? Então nas nossas empresas devemos agir da mesma forma pois somos nós que fazemos parte da mesma cadeia evolutiva quando vestimos a pele de CLIENTE. Quando estamos do lado de cá devemos manter este mesmo sentimento de exigência para que os nossos clientes sejam atendidos de uma maneira mais completa com preços adequados e que valham pelo valor pago por eles. Isso nos dará, com o passar do tempo, uma fatia maior do mercado em que estamos competindo. Estas oportunidades de observar os nossos serviços ou produtos de forma diferente podem surgir através de situações desencadeadas pelo grupo de liderança da empresa através da participação voluntária de seus colaboradores em campanhas de sugestões que ajudem criar novos produtos ou serviços ou ainda “simplesmente” aprimorar os já existentes. As grandes corporações fazem uso destes mecanismos o que não quer dizer que as menores não possam fazê-lo. Devem fazê-lo sim! O fato de serem menores lhes dá até algumas vantagens competitivas se comparadas a corporações maiores que carregam, sobremaneira, um peso de possuir departamentos maiores e com custos relativamente maiores. Certamente na sua empresa alguns líderes possuem características que facilitam a disseminação natural desta cultura de sugestões criativas e inovadoras e que ajudam a acelerar este processo mas lembre-se que ele deve ter sempre o respaldo da alta gerência para que o processo como um todo funcione.


Então fica a pergunta: como acontece o processo criativo em pequenas empresas? Precisamos ser pesquisadores para criarmos um novo serviço? Não, porém no processo de criação devemos levar em consideração algumas etapas muito importantes:

1- Preparação: alguns de nós conseguimos gerar idéias em situações das mais diversas possíveis: correndo, durante o banho, falando sem parar, observando outras pessoas e assim por diante. De qualquer forma se quisermos acelerar o processo criativo devemos ter uma preparação mínima para que os participantes aprendam a colocar para fora as suas sugestões e alguém seja responsável pela captura de tudo o que está sendo apresentado. Um ambiente adequado é fundamental para que isto ocorra. Por ambiente adequado devemos entender que é aquele em que os participantes assim o entendam e que muitas vezes esteja ligado ao objeto ou propósito da criação. Um grupo de humoristas, por exemplo, pode ter como ambiente adequado uma sala com redes, muitas revistas, imagens de outros programas já exibidos e assim por diante.  Nesta fase deve-se então:
         
          a. Ler muito e sobre áreas diferentes da sua
          b. Ouvir (muito) o que os outros têm para dizer
          c. Observar os detalhes importantes – idéia gera idéia
          d. Questionar positivamente
          e. Acreditar nas sugestões dos outros como se fossem as suas

2- Germinação ou maturação: nesta fase devemos, uma vez aceita a idéia inicial, elaborar de forma um pouco mais consistente aquilo que será o objeto de criação. É onde a semente começa a brotar e tomar forma daquilo que será a árvore da criação. Inicia-se um processo de crítica não-positiva de forma a validar a continuidade do processo criativo. É nesta fase também que muitos processos criativos podem ser deixados de lado devido à baixa possibilidade de serem desenvolvidos. Sugere-se então que sejam armazenadas as suas idéias para que num futuro próximo sejam revistas e até, quem sabe, colocadas em prática.

3- Produção: esta é a fase onde se agregam o maior número de contribuições ao processo de criação pois é considerada a base da criação. Os participantes devem agora ser estimulados a contribuir de forma conjunta para a conclusão de todas as necessidades do produto ou serviço em desenvolvimento. É a fase dos detalhes onde todas as possibilidades devem ser exploradas com bastante profundidade. Se for um produto, todas as suas especificações e desempenho devem ser testados; se for um serviço deve ser verificada a sua aderência ao seu objetivo final ou proposta.

4- Fase Expressiva: fase determinante para a explanação, entendimento e implementação do produto ou serviço. Deve ser rica em detalhes e alcançar todo o grupo para o seu melhor aproveitamento. É muito importante que pessoas de fora do grupo de desenvolvimento possam contribuir com as suas observações.

Divergências certamente ocorrerão em todas as etapas do processo e algumas técnicas de resolução de conflito devem ser adotadas pelo facilitador do grupo de forma a manter o bom andamento dos trabalhos e a alcançar os objetivos. Algumas dicas são importantes nesta hora:


• Pontos Positivos – Mantenha o foco nos pontos positivos das sugestões dos outros colaboradores mesmo quando tratando de idéias negativas ou contrárias às suas e a de outros participantes.








• Potencial - Pense nas coisas boas que podem decorrer daquela sugestão se ela for implementada. Pense nela como se fosse sua! Defenda-a até que se prove que não é uma sugestão válida ou aplicável naquele momemnto.




• Preocupações – Pergunte-se sempre sobre quais preocupações são inerentes a esta sugestão. Um bom exemplo são as leis ou regulamentos que estão diretamente relacionados com esta idéia. Que regras ou alterações futuras podem gerar algum atraso no cronograma de implementação? O que fazer para atender todos os requisitos?





• Sobrepujar as Preocupações – Que idéias ou sugestões posso dar para ajudar a resolver estas preocupações? Como posso ajudar de forma geral? Quais as minhas contribuições para o sucesso deste processo? Todas estas perguntas merecem uma resposta que indique a real vontade de fazer com que a sugestão seja validada.






Importante: para um melhor aproveitamento comece sempre ressaltando os Pontos Positivos.

As pessoas criativas têm algumas características que costumam ser mais evidenciadas em seus comportamentos que outras pessoas e é responsabilidade dos líderes identificá-las para que os melhores resultados sejam obtidos através da sua participação. Algumas destas características são:

• Fluência verbal ou comunicação lógica
• Flexibilidade de trabalho
• Originalidade
• Preparação ou Elaboração métodos
• Sensibilidade aguçada
• Liberdade de expressão
• Aceitar o diferente
• Pegar carona em outras idéias
• Não fazer julgamentos antecipados

Imagine-se participando de uma composição musical de um grupo sem que você entenda ou saiba algo sobre teoria musical. A sua participação não fica menor pelo fato de você não conhecer música, lembre-se que você pode manter o seu foco no gosto musical, na melodia, na letra e passar para o grupo as suas sensações ao ouvir aquela composição. Um participante fará sugestões sobre o arranjo, que instrumentos farão parte durante a execução, outro poderá ter o foco em escolher os instrumentistas e assim seguem as contribuições.

A competição está cada vez mais acirrada e para nos mantermos nela devemos usar de todas as ferramentas disponíveis para alcançar os nossos objetivos. Grandes corporações do passado já não existem mais e pequenos negócios se tornaram vitoriosos por sua leveza e rapidez. Não perca tempo, conquiste seu espaço colocando novas idéias no mercado.

Outro texto do autor: http://ngfconsultoria.blogspot.com/2009/05/criatividade-e-inovacao.html


Boa Sorte !


Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica. Mais sobre o autor...


terça-feira, 6 de abril de 2010

Dilema do Prisioneiro - o Jogo do Ganha-Ganha

Vamos entender porque devemos sempre jogar o Ganha-Ganha na vida e na empresa. Através de uma simulação vamos entender a importância de trabalharmos em equipe seja ela composta até mesmo por apenas duas pessoas. O dilema do prisioneiro é a situação em que dois comparsas, A e B, são pegos cometendo um crime. Levados à delegacia e colocados em celas separadas, o promotor lhes diz que a polícia possui evidência suficiente para mantê-los presos por um ano, mas não o bastante para uma condenação mais pesada. Porém, se um confessar e concordar em depor contra seu cúmplice, ficará livre por ter colaborado, e o outro irá para a cadeia por 3 anos. Já se ambos confessarem o crime, cada um sofrerá uma pena de dois anos.

As decisões são simultâneas e um não sabe nada sobre a decisão do outro. O dilema do prisioneiro mostra que, em cada decisão, o prisioneiro pode satisfazer o seu próprio interesse (trair) ou atender ao interesse do grupo (cooperar). Aqui estão as possibilidades organizadas em ordem:


Para qualquer um dos prisioneiros, o melhor resultado possível é trair e seu parceiro ficar calado. E até mesmo se seu parceiro trair, o prisioneiro ainda lucra por não cooperar também, já que ficando em silêncio pegará três anos de cadeia, enquanto que, confessando, só pegará dois. Em outras palavras, seja qual for a opção do parceiro, o prisioneiro se sai melhor traindo.

O único problema é que ambos chegarão a essa conclusão: a escolha racional é trair. Essa lógica vai, desta forma, proporcionar a ambos dois anos de cadeia. Se os dois cooperassem, haveria um ganho maior para todos, mas a otimização dos resultados não é o que acontece.

O entendimento e aplicação destes conceitos no dia-a-dia nos levam a buscar a solução ótima e não a conveniente se levarmos em conta o resultado para o grupo e não apenas o resultado individual.

Você, no seu cotidiano, joga para a sua equipe ou apenas para você?





Natanael G. FilhoGraduado em Proc. de Dados pelo Mackenzie/SP, Pós em Administração Industrial e MBA pelo INPG. Aluno de Mestrado em Produção do ITA. Gerente de empresa multinacional com vários cursos e seminários no Brasil e Exterior. Palestrante e Diretor do Palestra Cênica.


sábado, 3 de abril de 2010

Equilíbrio Distante: A família, o lado pessoal e o trabalho.

Equilíbrio Distante foi o nome dado ao álbum de Renato Russo lançado em 1995 pela gravadora EMI e que continha músicas em italiano. Dele, além de já ter ouvido suas músicas por diversas vezes, somente vou aproveitar o título para escrever sobre o trinômio: vida pessoal, família e trabalho. Nada, absolutamente nada contra o disco ou o cometa Renato Russo que passou, deixou um rastro belíssimo de poesia, e nos deixou órfãos de canções com um significado ou uma leitura especial.


Imaginem a seguinte situação em que haja o desequilíbrio entre as três situações citadas e que a mesma pessoa passe por elas. É sobre este prisma que vamos iniciar a nossa viagem.

João, um homem de família muito simples e já quase sem posses devido ao seu desemprego, buscava sua recolocação no mercado de trabalho do qual ficara afastado por muitos e muitos anos mesmo sendo um profissional de capacidades médias e alguns cursos em seu currículo. Várias tentativas sem sucesso o deixavam com tempo demais para a sua família que vivia da ajuda de alguns amigos e parentes, de umas faxinas que a mulher fazia e alguns “bicos” que surgiam para o João. As crianças estavam crescendo ao redor do pai que tinha muitas horas a seu dispor para conversar, brincar, ajudá-las nos estudos mas o seu lado pessoal cobrava dele uma satisfação maior que aquela preenchida ao lado da família. Havia o seu desejo maior de retornar ao trabalho para desempenhar as funções para as quais ele se preparou desde a sua adolescência. A cada noite ao se deitar João sentia-se amplamente feliz com a sua participação na vida dos filhos, pela sua opção de não criar qualquer vício e ter o pensamento firme num retorno. Era feliz mas não completamente feliz e precisava mudar. A cada novo dia ele sentia na pele a dor de não poder proporcionar à mulher e filhos o que qualquer chefe de família costumava fazer: uma vida confortável mesmo que sem luxos ou extravagâncias. Momentos de diversão, um passeio, roupas, material escolar e tempo para conviver. Ele só tinha o tempo para oferecer para aquela família que o amava tanto. A sua mulher, que tanto o apoiava, já começava a cobrar uma nova vida para eles pois aquela situação já era vivida por muitos anos.


Num dia de Outono um amigo o encontra e lhe oferece uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho. Confiante João se pôs em passos largos na direção apontada. Arrumou-se, preparou-se para a entrevista e foi até lá. Bingo! Era o seu retorno mesmo que ainda fosse coberto pela nuvem da insegurança de estar tanto tempo afastado da labuta. O seu amigo de outrora sabia de sua capacidade e competência e dispunha de algum tempo até que João estivesse novamente apto a exercer as suas atividades tal e qual no passado. João crescia em vontade de vencer e buscava o seu aprimoramento muito rapidamente, em pouco tempo ele já estava quase no ponto e a alegria pelo trabalho voltava a ser estampada em seu rosto. A família o recebia ainda mais feliz e a cada dia celebravam as suas conquistas. No trabalho era visível seu crescimento e a sua dedicação naqueles primeiros anos de empresa: colaborador, atencioso, voluntário para tudo e até para as horas-extras. Participante ativo das reuniões com um grande número de idéias para cada um dos problemas que surgiam. O tempo foi passando e, como em toda empresa, o clico econômico sofre oscilações e a pressão por enxugar custos vira a conversa do dia-a-dia. A rádio-peão fica 24 horas no ar espalhando notícias nos corredores da empresa. Surgem pequenas oportunidades e de crescimento e a empresa necessita de trabalhos extraordinários. Muito serviço se acumulando devido às vendas conquistada a muito custo com prazos de entrega absurdamente exíguos. Muitas horas-extras surgiram e tiraram João daquele seu ritmo de saída às 6 da tarde, pegar as crianças na escola e ir para casa. Sua vida tinha ficado mais agitada: alguns dias as crianças ficavam esperando na escola, em outros a mulher tinha que buscar de ônibus e assim a vida começava a mudar. Agora o trabalho tomava conta do seu dia e ele já não estava gostando de viver aquela situação e João dá um passo atrás e deixa de lado aquele seu ímpeto inicial de participar. Já não é a mesma pessoa que estava ali.

João era agora um homem realizado: tinha uma bela família, emprego e sabia cuidar de seu lado pessoal. Estudava para aprimorar os conhecimentos, fazia seus cursos de línguas e tinha como lazer andar de bicicleta com um grupo de amigos nos fins-de-semana. Faziam passeios fantásticos que João tinha o imenso prazer de mostrar as fotos para a sua família e amigos. João tinha uma belíssima bicicleta e todos os equipamentos exigidos para a prática do esporte. Agora o seu trabalho passava a competir com a sua família e o seu lado pessoal. O que fazer? De qual deles deveria abdicar? Qual deveria priorizar? Como conseguir o equilíbrio?

Muitos de nós já vivemos ou ainda está vivendo uma história semelhante à de João que busca uma resposta a cada uma das perguntas que surgem em sua mente e tenta partilhar seu tempo entre as partes que mais diretamente afetem a sua sobrevivência, o seu orgulho e as suas vontades. A escolha não é fácil, da mesma forma a resposta.

O trabalho é importante sim mas não deve ser a sua única forma de se ver a vida. A família é importante (a mais importante) mas também tem as suas necessidades que devem ser supridas e não vamos ser tolos em afirmar que tudo fica muito bem quando as condições mínimas não são alcançadas. O lado pessoal é por demais importante e deve ser sempre levado em consideração pois representa a busca natural do homem pela sua evolução junto ao meio em que vive.

Em todas estas situações João deverá fazer opção e abdicar das demais? Talvez não! A busca pelo equilíbrio (mesmo que distante) deve levar em consideração o tempo em que viveremos aquela nova experiência que nos tirou de nossa rotina. Esse não é um jogo de certo ou errado, é um jogo de equilíbrio onde seus malabares têm seu peso que variam conforme cada João. É como se todas as bolas fossem de vidro (em alguns textos já li que a bola do trabalho é de borracha e quando cai ela bate e volta...). Fazer o que gostamos em tempos adequados, de forma bem estruturada, em parceria com a nossa empresa e com os colegas de trabalho vai nos proporcionar um convívio também adequado no seio de nossa família e amigos e certamente conseguiremos atingir as nossas metas pessoais. Certamente não é tão simples como as palavras mas somente VOCÊ poderá atribuir o peso que cada uma destas bolas de vidro têm para a sua vida. Esta é uma decisão pessoal e intransferível pois a vida é SUA.

Apenas uma sugestão: converse com qualquer um dos lados afetados já no início da mudança. Não fique guardando somente para você as suas inquietudes e questionamentos. No trabalho converse com seu líder; em casa, reúna a sua família e coloque um prazo para aquela situação; e com você, saia para uma caminhada sozinho e passe o filme da sua vida, nele você encontrará a resposta aos seus questionamentos. A conversa interior é a que é mais facilmente ouvida por você.

Pense nisso e busque este equilíbrio por mais distante que ele possa estar de você.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Geração Ctrl C / Ctrl V: O Certo e o Errado na hora de escrever textos.

Hoje em dia navegamos na Era da Comunicação Eletrônica e da nossa consolidada capacidade de acesso às mais diversas formas de expressão de idéias: blogs, fotoblogs, formsprings, twitters, sites de relacionamento, sites privados e tudo o mais que existe e ainda vai existir em termos de comunicação na grande rede mundial de computadores porém devemos ter um certo cuidado ao colhermos uma determinada informação e discernirmos se é uma constatação científica, uma reprodução da expressão de um autor reconhecido ou se é apenas uma opinião pessoal sobre um determinado assunto. O que tudo isso tem a ver? Para todos estes casos devemos observar claramente a fonte da informação para então optarmos pela sua adesão quando se trata de um trabalho escolar. Em termos de diversão tudo é válido e prazeroso mas quando se trata de um trabalho de classe desde o ensino fundamental ou médio, passando por um TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, uma Dissertação ou uma Tese, devemos ter certas precauções. O fato de estar escrito em algum lugar não significa ser verdadeiro ou ter suporte acadêmico-científico, é necessário que seja de uma fonte confiável, respeitada e reconhecida pela comunidade científica e acadêmica. Hoje em dia, em qualquer roda de conversa, encontramos muitos “doutores” do saber que estruturam suas idéias baseando-se em assuntos coletados em sites da internet sem sequer averiguar as fontes. São os “Nobody Doctors” como dizia um grande amigo meu mesmo antes de existir a internet. Pessoas que falam com uma convicção tão grande que impressionam tremendamente os ouvintes fazendo-os crer que 100% do que foi dito era a mais pura verdade quando na realidade as suas premissas foram baseadas numa fonte inconfiável.




DESAFIO: escolha um assunto do dia como, por exemplo, o índice de chuva numa capital, o tamanho do engarrafamento em São Paulo por conta do feriado ou o valor em Reais de uma obra recém inaugurada. Faça uma varredura em três ou quatro dos sites mais comuns buscando a resposta a estas perguntas e observe os números. Há casos que não ocorre nenhuma coincidência!


“Quem conta um conto, aumenta um ponto”.

 
Em muitos destes trabalhos ou textos, utiliza-se uma técnica conhecida que é o COPIAR e COLAR ou Ctrl C & Ctrl V porém não se pode deixar de lado o tarefa de fazer uma leitura daquilo que está sendo copiado e colado. Você certamente já ouviu falar de máquina de escrever, ou não? Já usou uma? Já viu? Provavelmente não caso você tenha 25 anos ou menos. Há muitos anos estes mesmos trabalhos eram datilografados o que consumia muito tempo. Tudo o que fora anteriormente pesquisado nos livros e enciclopédias era transcrito manualmente para uma folha de papel e somente então se partia para a escrita final que era a datilografia de todo o trabalho. Atualmente muito do que precisamos já está disponível no formato texto em algum lugar esta rede de computadores e adiciona-se a isso a facilidade trazida pelo uso dos editores de texto; era de se achar que os alunos ou escritores tivessem mais tempo para a leitura e entendimento do seu próprio trabalho uma vez que todas estas etapas anteriores ficariam restritas apenas á seleção de uma fonte confiável de informação. Já vi em alguns trabalhos escolares, citações à fontes inconfiáveis que são apresentados à banca examinadora como se fossem extraídas de um grande autor ou de uma comunidade científica renomada.


Abro aqui um parêntesis para falar especificamente dos blogs (e certamente me incluo): estes foram criados como uma forma de expressão de fatos do cotidiano onde seus autores apresentavam aos seus leitores apenas comentários pessoais, passagens de suas vidas tal qual o formato de um diário. Através de suas postagens, os autores descreviam seus passeios, suas histórias, seus “causos” mas como tudo na vida sofre aprimoramento, neste caso a palavra sofrer tem duplo sentido e é a expressão mais adequada pois o nosso crescimento ou evolução é quase que sempre através do sofrimento, os blogs passaram a ser um mecanismo onde as pessoas colocam suas postagens (textos) em um formato mais agradável para a leitura e mais acessível para o público em geral. Este fato não torna os blogs, sob qualquer hipótese, uma fonte de informação inconfiável e também, por outro lado, estas postagens não podem ser consideradas válidas para um trabalho de graduação, Mestrado ou Doutorado pela maioria das instituições de ensino.

Outro aspecto muito importante é a identificação do(s) autor(es) nos textos expostos aos leitores. Neste meu blog você encontra, em sua maioria, textos escritos por mim que são baseados em experiências vividas, em observações do meu cotidiano ou resumo de várias leituras de livros ou publicações. Para os textos que decidi reproduzir fielmente a idéia do autor faz-se necessário que este (o autor) seja apresentado claramente aos leitores como uma forma de direito, reconhecimento e valorização de sua obra. Tudo isso é necessário para que a idéia original seja mantida exatamente como foi gerada e as divergências, caso ocorram, sejam expressas claramente e em separado do texto original. Não estou aqui condenando o uso do Ctrl C & Ctrl V, apenas gostaria de alertar e ressaltar que o tempo de leitura e interpretação dos textos é fundamental para que a sua apresentação seja bem feita e através dela você demonstre claramente à sua audiência o quanto se interessou pelo assunto que VOCÊ escolheu para escrever. No meu Twitter coloquei uma vez uma frase assim: Coloque o número do seu celular no meio da sua Tese com a frase: Professor, se você leu esta msg ligue para mim agora. Bons sonhos! É certo que foi uma brincadeira com os professores e alunos mas esta brincadeira busca ressaltar também que nós, alunos, estamos cobrando dos professores aquilo que devíamos por obrigação fazer: a leitura do nosso trabalho palavra por palavra, linha por linha, capítulo por capítulo.

Pessoal, um errinho aqui outro ali é natural e aceitável mas vamos lá, tem gente que está escrevendo seus textos como se estivesse em uma sala de bate-papo ou escrevendo e-mail para um colega. Isso não é aceitável é demonstra claramente o seu desinteresse pelo seu próprio trabalho. A linguagem escrita tem regras claras e, sobretudo, deve ser como um convite a um passeio pelos nossos textos: não deve ferir os olhos daquele que vai ler ou nos avaliar. É o fechamento de tudo o que foi garimpado, organizado, preparado para ser exposto ao nosso público. Existe uma ferramenta nos editores de texto que deve ser usada para limpar um pouco as nossas derrapadas na língua-mãe, o famoso Corretor Ortográfico. Vamos usá-lo! Ele vai nos mostrar boa parte dos nossos erros que são, muitas vezes, de digitação apenas. Não existem mais as escolas de datilografia e nos tornamos, na maioria dos casos ágeis “catadores de milho” e nessa hora um dedo bate na tecla errada e pronto! O nosso linguajar deve estar adequado ao ambiente exceto quando se trata de um trabalho formal onde todas as regras devem ser seguidas fielmente.

Seu tempo é precioso e muito importante, faça o melhor uso dele quando estiver escrevendo no seu blog, um email, numa sala de bate-papo ou no seu trabalho de graduação e lembre-se que, apesar de ser considerado “out” pela comunidade “internautica”, escrever corretamente é o melhor caminho.

Tudo bem que um VC no lugar de você, de vez em quando, não faz mal a ninguém mas em um trabalho acadêmico ou num texto bem estruturado, nem pensar!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pensamento Lateral (Effective Thinking)

Pensamento Lateral
Esta história já foi contada de várias formas: com reis, mercadores e senhores feudais. Escolhi uma destas versões para escrever um pouco sobre Pensamento Lateral ou Effective Thinking.

Um mercador devia uma grande soma a um agiota que como forma de pagamento lhe propôs um negócio: cancelaria a dívida caso se casasse com a filha do mercador, uma moça linda e muito ligada à família. O mercador, sem ter o que fazer, deixou então que a sua filha tomasse a decisão. O agiota muito esperto disse aos parentes e amigos do mercador que daria uma chance à sorte daquela linda jovem e colocaria duas pedrinhas, uma preta e outra branca, em uma bolsa vazia onde a jovem selaria seu destino escolhendo uma das pedrinhas. A pedra preta: casamento com o agiota e dívida cancelada; a pedra branca: dívida cancelada e permanência com o pai e a sua família. Havia ainda uma terceira condição: se a jovem se recusasse a tirar uma das pedrinhas, então o pai seria levado para a cadeia por muitos e muitos anos até a sua morte.

A jovem assentiu com a cabeça e seu pai concordou com a sua decisão. O agiota ao curvar-se para pegar as duas pedrinhas deixou transparecer a sua armadilha: ele pegou do chão duas pedrinhas pretas e colocou-as na bolsa pedindo em seguida que ela pegasse a pedrinha que decidiria seu destino e o de seu pai. Aí vem a solução através do Pensamento Lateral. Se usarmos a lógica convencional certamente o destino da jovem ficaria atrelado apenas ao casamento com o agiota ou à prisão de seu pai (pensamento lógico e vertical) que nesta hora não ajudaria muito ou quase nada.

- Se a linda jovem se recusasse a escolher uma pedra: cadeia para o seu pai;
- Se a linda jovem tirasse uma pedrinha preta (não havia pedra branca na bolsa), teria que se casar com o agiota e seu pai ficariam em liberdade e sem dívida.

Pensamento Vertical: a jovem TEM de tirar uma pedrinha (lógica).

Pensamento Lateral: analisar o fato de não existir a pedrinha branca e tirar vantagem disso.

A jovem então enfiou a mão na bolsa e tirou uma das pedrinhas e num gesto meio atrapalhado deixou-a cair no chão onde se misturou com outras pedrinhas. Em seguida afirmou “Não há qualquer problema com este fato pois ainda há uma pedrinha na bolsa que é de cor diferente da pedrinha que escolhi”. Como na bolsa somente ficou uma pedra preta o público concluiu que ela tirou (e deixou cair) a pedrinha branca. O agiota não poderia declarar a sua desonestidade aos presentes com medo de ser linchado. Usando o Pensamento Lateral, a moça solucionou um caso quase impossível de se resolver.

O Pensamento Lateral não olha apenas a solução lógica dos problemas, ele busca novas oportunidades e soluções baseando-se em todas as ocorrências possíveis. Cria um campo vasto de possibilidades e delas obtém a solução mais desejada por aquele que usa o Pensamento Lateral.

Edward de Bono é reconhecido internacionalmente como a maior autoridade em Criatividade e Inovação da atualidade.

Ver também http://www.edwdebono.com/debono/biograph.htm

Pense nisso e pense lateralmente na hora de fazer a sua escolha.

domingo, 21 de março de 2010

Homenagem ao Grande Mestre das Pistas

Hoje comemora-se virtualmente o aniversário de 50 anos de Ayrton Senna. Adicione o símbolo desta campanha no seu avatar do Twitter e mande uma mensagem para ser inserida no maior cartão de aniversário do mundo. Não deixem que os nossos ídolos sejam esquecidos ou que outras culturas ou povos adotem e admirem os valores da nossa terra mais do que nós mesmo.




"Um povo sem memória é um povo sem história" e esse definitivamente não é o nosso caso. Temos muita história para contar sobre este cidadão que representou tão bem o nosso país na sua profissão. Entre acertos e erros, verdades ou mentiras, alegrias e tristezas mesmo os mais céticos e opositores trazem na lembrança os bons momentos vividos naqueles saudosos Domingos em que aqueles acordes da música ´"Tema da Vitória" ecoava quase que ao mesmo tempo em que ouvíamos a frase: Ayr...Ayr... Ayrton Senna do Brasil !






Vamos participar. Valeu !!!

sábado, 20 de março de 2010

Os Fracassos de Michael Jordan (Texto de Aldo Novak)

'Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos.


Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo... e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida.

E é exatamente por isso que sou um sucesso.'

Michael Jordan

Os Fracassos de Michael Jordan, e os seus...

Se o maior jogador de basquete da história, responsável pela quebra de praticamente todos os recordes mundiais desse esporte, aceita e supera cada falha, cada fracasso, e ainda diz que foram eles que o tornaram um sucesso mundial, por que tanta preocupação com os erros que você cometeu na semana passada, no mês passado, no ano passado ou no último final de semana?

Se seus erros tiverem sido graves, se você tiver machucado física ou emocionalmente alguém, reflita sobre isso, mude seu comportamento agora, e carregue o aprendizado e a cicatriz em seu coração. Isso tornará você uma pessoa melhor hoje e amanhã, já que o ontem não pode ser mudado.

Mas agora, uma nova semana está começando. Um novo jogo. Um novo time. Um novo prêmio. Assim é a vida. Quando acordou, hoje pela manhã, o Treinador colocou você para mais um campeonato no jogo da vida. Talvez você erre a cesta, como Michael Jordan. Talvez você erre o gol (Pelé errou muitos), mas cada erro, cada falha deve ser usada por você para aprender melhor o caminho, para encontrar em sua mente o Poder Pessoal que vai colocar seus pés no pódio da vida.

Outras pessoas viram seu erro? E daí? Será que havia câmeras transmitindo seus erros para 100 milhões de pessoas ao vivo? Pessoas que contavam com você? Improvável. Mas quando Michael Jordan erra, milhões de pessoas se lembram.

Se Michael Jordan não se deixa desanimar por um erro cometido na frente de 100 milhões de pessoas (e registrado para a história), porque você se deixaria desanimar pelos seus? Use cada erro como uma escada para fazer a coisa certa. Peça desculpas, descanse, volte ao treinamento e inicie uma nova partida. Sua quadra é em casa, com sua família, no trabalho, na escola, com sua alma gêmea ou em todo lugar em que você esteja nos próximos sete dias. Mesmo quando sua única platéia é seu espelho.

E lembre-se do que Jordan diz: 'Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que eu sou um sucesso'. O que Jordan quer dizer é que não é possível alcançar o sucesso sem passar pelo fracasso. Deixe-me repetir isso: não é possível. Até quando nascemos, as lágrimas chegam antes dos sorrisos.

Ao terminar essa frase, o jogo vai começar. O Treinador está olhando. Dê o melhor que puder. Respire profundamente, sorria... e boa sorte!

© Aldo Novak www.academianovak.com.br

Para republicar na internet, mantenha o nome do autor e o endereço de seu website. Fora da internet, o limite de impressão é de 30 cópias, desde que não haja objetivo comercial envolvido


Vídeo selecionado por NGF Consultoria (não é parte integrante do texto do autor)

terça-feira, 16 de março de 2010

O maior de todos os líderes.

O maior de todos os líderes, aquele que reuniu as melhores características já definidas para um líder, aquele que sintetizou tudo o que se espera de um líder foi Jesus Cristo. Se olharmos e avaliarmos toda a sua obra que fora criada em bem menos que 33 anos ficaremos boquiabertos e estarrecidos. Suas palavras de ordem eram sempre direcionadas ao crescimento e formação daquele que parava para ouvi-lo; era um líder de atitude e que servia de referência aos seus seguidores muitas vezes sem expressar uma só palavra; estava sempre pronto para servir aquele que necessitava de seu apoio com palavras sábias e sem se importar com a posição ou classe social daquele que estava disposto a ouvi-lo; caminhava sempre em direção aos seus liderados de forma a manter-se visível e disponível para os seus questionamentos e ajudá-los na execução das tarefas; não tinha a equipe que queria seja em quantidade ou qualidade mas contava com ela para alcançar as metas estabelecidas; seguia as regras ou padrões estabelecidos (mandamentos); executava com perfeição e sem questionamentos a missão que lhe foi confiada mesmo sabendo que o final não seria o melhor (para ele). Ele abdicou de tudo por todos somente para servir.

Os resultados de seu trabalho podem ser vistos até hoje nos quatro cantos do mundo: aproximadamente 2 bilhões de pessoas ou mais ou menos 1/3 da humanidade são cristãos e seguem a sua doutrina a mais de 2000 anos. Ao encerrarem a sua passagem (tarefa) com a crucificação deram início a um sem número de seguidores que se multiplicaram como células num corpo em desenvolvimento e levaram para os mais distantes rincões os padrões de trabalho que ele deixou. Muitos dos líderes que vemos ou ouvimos a respeito tem seus conceitos baseados nos ensinamentos dele. Ele foi rei mas foi humilde o tempo todo, era justo e sereno, tinha um senso de justiça acima da média, passava suas mensagens com clareza aos seus colaboradores e tinha atitude de pai pois acolhia sempre aqueles que necessitavam de sua ajuda porque tinham cometido alguma falha com o mesmo carinho que acolhia aqueles que buscavam nele apenas uma orientação. Zelava por tudo e todos que estivessem à sua volta sem avareza ou mesquinhez em suas atitudes partilhando seus conhecimentos e idéias e acatando as sugestões daqueles que estivessem dispostos a fazê-lo.

Uma das suas maiores virtudes estava em delegar. Confiava naqueles que estavam trabalhando para ele e por ele pois sabia que sozinho não poderia executar a missão que lhe fora confiada. Tinha certeza absoluta de que os seus colaboradores seriam melhores executores do que ele em suas vocações e tarefas cotidianas. Nem pensar em fazer tudo sozinho! Sabia incluir os excluídos sem melindrar as partes envolvidas pois não fazia seleção entre bons e ruins buscando o aprimoramento constante de sua equipe.


E você? Ainda está disposto a ser um líder na sua empresa desafiando todos os paradigmas que te rodeiam? Se estiver disposto busque identificar neste homem as características necessárias para a sua liderança e tente segui-las no seu trabalho ou na sua casa. Não pense que é fácil pois não é mas se você estiver disposto a mudar gradativamente suas atitudes se espelhando Nele, tenha a certeza que você será bem sucedido mais cedo ou mais tarde. Comece HOJE pois todo caminho a ser percorrido inicia no primeiro passo.

Pense nisso e vá em frente.
Boa viagem!

Os desafios de um líder

Esta semana enquanto conversava com um amigo fui surpreendido pela seguinte afirmação: um dia até pensei em ser supervisor ou gerente (líder) mas hoje vejo que a melhor escolha foi me aprimorar na minha profissão e esquecer esta pretensão. Num primeiro momento pode até parecer algo contraditório às teorias atuais de crescimento profissional e pessoal mas se olharmos com carinho para a essência desta afirmação iremos facilmente concluir que esta auto-análise tem um valor revelador de um profissional que entende que nem só de líderes vive uma empresa. Nos dias atuais quando paramos por alguns instantes dentro de uma livraria observamos claramente a busca pelos livros de auto-ajuda e desenvolvimento de líderes nas empresas e em outras atividades. Não quero com estas palavras aplaudir ou destacar aquele que não quer ser líder, apenas devemos entender o valor da promoção lateral para aqueles que por qualquer razão optaram por não buscar a vaga de liderança. Muitas vezes um excelente profissional torna-se um líder medíocre pelo simples fato de que não lhe perguntaram se ele queria ser ou se estava disposto a ser um líder preparando-se para esta nova, difícil e desafiante posição.


Desde pequenos somos avaliados pelas nossas posições dentro da nossa turminha de amigos e ainda nesta fase somo desafiados a ter respostas ou atitudes que já indiquem algum potencial para chefiar ou direcionar os colegas da classe escolar. Seja pela nossa força ou pela sagacidade somos alvos certos das expressões dos nossos pais quando, de alguma forma ou de outra, lideramos uma determinada situação. É bem verdade que alguns já trazem algo diferente que ora chamamos carisma, ora simpatia e ora liderança mas estas características estão ainda muito longe do que realmente se faz necessário para ser um bom líder. Liderar exige muito tempo de estudo e dedicação para o desenvolvimento ou aprimoramento das características de liderança. Exige uma mudança radical de comportamento e confrontam os conceitos que outrora se tinha de chefia, conceitos estes amplamente disseminados na nossa sociedade. Abdicar da posição de que se “sabe tudo” ou se dá apenas ordens para ser um facilitador ou servidor não é para qualquer um!

Para ser um verdadeiro líder é necessário buscar os caminhos da servidão, é fazer aquilo que os outros precisam (não o que eles querem), é criar limites e padrões de trabalho, é gerar relacionamentos de confiança mútua, é fazer a escolha certa e conduzir as pessoas a fazerem o que você quer por causa da sua influência pessoal e não pela sua autoridade ou poder hierárquico, é saber ouvir respeitosamente, é caminhar junto sem necessariamente executar pelos outros colaboradores, é delegar tarefas, é abrir caminhos para o crescimento pessoal e profissional dos outros. É servir o tempo todo!

Liderar bem uma equipe não é uma tarefa fácil e para isso precisamos nos transformar em verdadeiros líderes. Liderar vai exigir de você ser humilde e retidão para reconhecer seus próprios erros, vai exigir que você dê autonomia (empowerment) aos seus colaboradores, você deverá administrar muito bem o seu tempo (time management) pois parte dele será dedicado aos seus colaboradores, ser justo, estar atento aos detalhes (um líder deve caminhar pelos postos de trabalho), ser exigente (Qualidade) e humanizado (RH e Meio Ambiente) ao mesmo tempo.

Mais do que uma arte, liderar é uma questão de mudança de comportamento pessoal e de atitudes. Até para aqueles que já carregam em seu currículo características naturais de liderança devem ter em mente que existirão situações divergentes onde técnicas de gestão e resolução de conflitos precisam ser aprendidas e empregadas e o desafio de estar posicionado entre as obrigações e metas da empresa e os deveres e objetivos dos colaboradores é árduo e constante.


Lembre-se que liderar é aceitar o desafio de promover o crescimento e desenvolvimento de outras pessoas usando as principais características de um bom líder sempre no momento mais acertado de cada situação objetivando uma solução que atenda aos interesses corporativos e pessoais. Pode até parecer simples mas não é.

Liderar é servir sempre!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Eficiência e Eficácia – a “sutil” diferença

Pode até parecer redundante ou sem propósito este assunto sobre a definição de Eficiência e Eficácia mas vez ou outra percebo que ainda paira uma certa dúvida no ar seja no ambiente corporativo, acadêmico ou até mesmo numa conversa informal e isso não é nada bom.
Vamos acabar com essa dúvida de uma vez por todas? Então vamos lá! Vou usar exemplos bem simples para esclarecer.

Eficiência trata de COMO fazer. Fazer certo aquilo que se propõe a fazer. Produzir sem erros ou produzir mais com menos recursos.
Eficácia trata do O QUE fazer, de fazer as coisas certas na hora mais acertada, é escolher qual o caminho a ser seguido.

O ponto de convergência das duas está em uma vez escolhido o caminho ou tomada a decisão (Eficácia), executar de forma produtiva, em tempos adequados, nas quantidades certas e no tempo previsto é Eficiência. Um bom exemplo é pensarmos em uma partida de futebol onde um time de craques passa a bola com perfeição, faz lançamentos longos e de beleza plástica incomparável, os jogadores dão dribles desconcertantes no adversário, trocam passes com apenas um toque. Desta forma estão sendo eficientes, ou seja, fazendo certo aquilo que tem que fazer. Já o adversário num único lance vai ao ataque numa troca de passes sem muita classe, com jogadores quase se atrapalhando mas quando chega na área, num único chute, marca o gol da vitória (eficácia).

O vídeo, cujo link está logo abaixo, vai fortalecer estes conceitos. São dois lutadores numa arena onde o primeiro executa os passos de sua luta com perfeição e plástica ímpar, já o segundo… é 100% eficaz. Que pancada!



Ser eficiente é fazer um trabalho perfeito. Ser eficaz é atingir totalmente um resultado esperado. Veja a definição original do guru da Administração Peter F. Drucker (1909-2005).

“Efficiency is doing the things right; effectiveness is doing the right things”
Peter Drucker

Agora ficou claro ?

domingo, 14 de março de 2010

As Mulheres e o Mercado de Trabalho

Ei!

Você que está lendo este texto agora.

É você mesmo! Qual o seu sexo? Masculino ou feminino?

Se você for do sexo masculino leia atentamente este texto e prepare-se para o futuro. Deixe de lado todos os paradigmas que você conviveu até este momento sobre liderança, poder, tomada de decisão e passe a observar o comportamento e as atitudes das mulheres. Se não quer acreditar em mim dê uma volta na sua seção e veja se o número de profissionais de cabelos longos, saia, batom, perfume e bolsa não estão aumentando. Ainda não acredita então converse com seu pai, se quiser se desesperar então chame seu avô para um bate papo! Elas estão por todo lado, estão dominando todos os setores: da produção ao comércio, da educação ao ponto mais alto da tecnologia, da criação à prática.

Se você for do sexo feminino aprecie estas palavras de reconhecimento às suas capacidades e competências que foram cerceadas por todos nós desde os mais remotos tempos pré-históricos e que através destas palavras quero me desculpar em nome dos meus colegas de barba e bigode.
Não estou aqui para criar uma guerra dos sexos não, estou apenas escrevendo sobre algo que é uma realidade e que apenas aqueles que derem a devida atenção poderão acompanhar de perto o desenvolvimento delas: as mulheres.




Dados comparativos de 2006 a 2008 em reportagem da Revista Época:Participação de mulheres no mercado de trabalho cresce 40% em dois anos
Pesquisa mapeia a presença feminina em empresas brasileiras e mostra que elas já ocupam mais cargos de liderança, especialmente os de média gerência

Isso significa que se no passado você podia tomar certas atitudes masculinas e mal-educadas no seu local de trabalho como falar palavrões, contar piadas ruins, coçar o... sem a menor preocupação de alguém notar porque você vivia rodeado de barbas e bigodes, agora você deve ficar bem atento pois ao seu lado tem alguma representante do sexo “frágil” que te fará mudar rapidamente seus conceitos e atitudes. Alguém que vai te mostrar que de frágil não tem nada, que sabe fazer mais de cinco coisas ao mesmo tempo e tudo da forma mais organizada possível enquanto nós somos incapazes de sequer aquecer o leite sem deixá-lo derramar mesmo se estivermos olhando para a leiteira sobre o fogão. Alguém que antes de sair de casa já se organizou, gastou longos minutos (às vezes horas) cuidando da pele, cabelos, maquiagem, arrumando a bolsa (nenhum homem é capaz de ter tanta coisa num lugar só, carregar o dia todo e muitas vezes nem usar – o ponto fraco das mulheres é realmente a bolsa), cuidou até de você, dos seus filhos, deu as ordens para a empregada e vai te dar uma carona porque hoje é o dia dela ficar com o carro!

Mais dados do IBGE (2005) para você...Mulheres estudam mais, mas ganham 30% menos que homens
As mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho, acumularam mais anos de estudos e ainda assim recebem uma remuneração média cerca de 30% menor do que os homens.

Não se preocupe pois com a velocidade em que vivemos hoje, ela já te passou para trás nestes três anos! Elas são mais rápidas que o Schumacher e já estão te vendo pelo retrovisor e você nem notou. As empresas estão se empenhando para eliminar estas diferenças porque elas não têm fundamento, as pessoas devem ser remuneradas pelo seu potencial e não pelo sexo sendo a única exceção a indústria pornográfica e seus atores pornôs (essa piada doeu de verdade!). Elas já estão em todos os cursos existentes e que antes eram de acesso restrito aos homens, fazem pós-graduação, MBA, Mestrado e Doutorado em números de matrícula iguais ou muito próximos aos dos homens e isso é muito bom.


Matéria da Revista Sete Magazine...
O avanço da mulher no Mercado de Trabalho
Cada vez mais mulheres conquistam papéis importantes na sociedade que antes pertenciam apenas aos homens.
Estatísticas demonstram que o progresso da mulher no mercado de trabalho cresce todo ano. As mulheres já representam 16% dos presidentes; 21% dos diretores; 25% dos gerentes; 37% dos supervisores e 48% dos encarregados. Como nos escalões de supervisor, chefe, encarregado e coordenador já há uma participação em torno de 40% das mulheres, gerando a probabilidade de que daqui a 20 anos, 40% dos cargos de diretores e presidentes serão ocupados por mulheres.

Alguns estudiosos atribuem este avanço ao rompimento do cerco que criamos de forma a nos proteger, mesmo que instintivamente, dessa capacidade natural de gerenciar que as mulheres possuem. Mesmo nas mais preliminares tarefas executadas elas demonstram claramente um senso de organização, limpeza, coordenação e direção maiores que os nossos. Nas empresas que fazem uso de LEAN ou Six Sigma em seus processos, elas se destacam pela quantidade de sugestões e alterações, lideram grupos de desenvolvimento e se fizermos um 5S ou Housekeeping sem uma mulher no grupo pode ter a certeza que não ficará 100%. Numa próxima oportunidade com a participação de uma mulher o resultado será muito melhor.

Para nós homens modernos e sem preconceitos, este convívio tem sido bastante positivo pois aprendemos a entender que cólica menstrual dói muito e precisamos pegar leve (se você não acredita converse com quem tem cólica renal para saber se dói ou não, eu tenho!), aprendemos que em alguns casos a mulher é o sustento da família, aprendemos que se pode chorar de emoção ao receber um elogio, aprendemos que existe a honestidade feminina (algo que às vezes fica difícil de entendermos como elas podem falar tanto a verdade), aprendemos a dizer não com carinho e que acima de tudo existe um profissional competente e talentoso sendo coordenado ou coordenando um projeto na nossa empresa, em um cliente ou fornecedor.

Na pré-história enquanto o homem era o responsável pela caça e proteção, a mulher gerenciava todos os recursos destinados à sua comunidade uma vez que não havia claramente a noção de patrimônio familiar e os bens se tornavam comuns. Fisiologicamente, por ser mais forte, o homem era responsável pelo fornecimento do alimento através da caça e as mulheres eram responsáveis pela continuidade da existência com gravidezes constantes e aumento da prole. Tudo isso é coisa do passado e o que vemos atualmente é a disseminação do importante papel da mulher em todos os setores com liderança, beleza, sensibilidade e competência.


Agora que você já está conformado aproveite tudo o que elas têm para te ensinar e seja um bom colega de trabalho, um bom parceiro, um bom ouvinte e um bom aluno. Esteja preparado para que esta competição seja saudável pois ela vai acontecer todos os dias de sua vida produtiva quer você queira ou não. Olhe para o lado e veja que aquele ser lindo de saias e maquiagem têm muito a ensinar e aprender neste convívio e, sobretudo, lembre-se que se você homem está neste momento lendo este texto é porque uma destas maravilhosas representantes do sexo “frágil” te concebeu e te criou.

Competência não tem sexo, cor, credo ou idade!

Reclamar ou não reclamar: eis a questão!


A frase acima foi plagiada do famoso poeta e dramaturgo inglês reconhecido como o maior escritor e o mais influente do mundo: William Shakespeare (1564-1616). Tendo produzido a maior parte de suas obras entre 1590 e 1613 podemos destacar Romeu e Julieta, Hamlet (na qual foi citada a famosa frase “Ser ou não ser, eis a questão”), Sonho de uma noite de verão, Rei Lear e Macbeth. Foi também criador de muitos poemas e sonetos.

Cheguei à conclusão que aprimoramos produtos e serviços quando somos submetidos às situações que não atendem às necessidades de alguém (cliente). Parece ainda meio complicado tudo isso e vou esclarecer: a qualidade dos produtos e serviços aos quais enfrentamos todos os dias, neste caso a palavra enfrentar é a que melhor se encaixa, se aprimorou e evoluiu de forma exponencial nos últimos 15 ou 20 anos devido ao nosso grau de insatisfação, devido à diversidade de opções de fornecedores, devido aos preços diferenciados para bens e serviços mas tudo isso não teria efeito mais imediato se não fossem as nossas reclamações por escrito ou verbais.

Dia desses fui a um restaurante e me deparei com a seguinte situação: o computador onde eram registrados os pedidos dos clientes tinha parado de funcionar. Pobre computador! Felizmente desta vez não foi o sistema, foi o computador mesmo. Tudo seria normal ou continuaria normal se não fosse a displicência do gerente do local que não alterou a rotina de trabalho em função deste “fato novo”. Fato é que o nosso grupo de amigos esperou por exatos 45 minutos sem receber qualquer informação do que estava acontecendo apesar de seguidamente perguntarmos ao garçom e ele, muito sem jeito, já sem saber o que fazer ou o que responder se afastava em direção ao gerente e não retornava. Do outro lado a operadora do caixa (coitada!) sofria para somar cada um dos pedidos tirados pelos garçons e que ficam armazenados naqueles escaninhos tipo colméia com os números das mesas para serem somados ao final. Imaginem-se em uma noite quente com um grupo de cinco amigos, três ou quatro pratos típicos diferentes, muitas garrafas de água, algumas cervejas, petiscos, entradas, várias caipirinhas e todos estes pedidos sendo somados por apenas uma pessoa. Ah... e a moça do caixa ainda tinha que passar os cartões de crédito, aguardar a conexão, digitação de senha, “Enter”, imprimir a nota do cartão, “Enter” mais outro “Enter” e mais outro. A situação só piorou quando pedimos um recibo, pois ela tinha que parar tudo e preenchê-lo manualmente.

Os problemas ou “fatos novos” acontecem e vão continuar a acontecer na sua vida, no seu trabalho ou no seu estabelecimento comercial, porém o mais importante é a capacidade que os proprietários, diretores, gerentes, supervisores, líderes ou colaboradores têm que ter para gerar soluções que possam amenizar as dificuldades causadas por estes inconvenientes de última hora como por exemplo um computador parar de funcionar.

Pela demora e pela falta de qualquer informação decidimos sair do restaurante sem pagar e aguardar a abordagem de alguém (por favor, não pensem que deixaríamos de pagar a nossa conta! ahahah). Na saída o gerente veio em nossa direção, pois ao passarmos direto pelo caixa sem dar à mínima observamos o sinal do garçom indicando que a conta não foi paga.


Reclamar ou não reclamar, eis a questão! Reclamar SIM!


É nosso direito e dever pois o valor pago para desfrutar de um momento agradável e relaxante com amigos fora transformado numa longa e desnecessária espera. Durante a nossa reclamação deixamos bem claro o quanto ficamos insatisfeitos com o mau atendimento e desatenção aos clientes uma vez que muitos outros também já estavam reclamando o que não configurava um caso isolado.

Que possibilidades a equipe teve de apresentar soluções aos seus clientes? Muitas! Adicionar mão-de-obra para a execução da tarefa de somar pedidos das mesas enquanto a operadora do caixa efetuava as cobranças nos cartões de crédito; informar ao cliente no momento em que pediu a conta que haveria algum atraso por motivos X,Y ou Z mas que já estavam providenciando as devidas correções; ofertar algo ao grupo enquanto se fazia o fechamento das comandas e outras soluções que podem variar de uma situação ou local para outro. Estas ações isoladas ou em conjunto me levariam a escrever sobre o lado positivo (soluções) do atendimento aos clientes naquele dia.


Os costumeiros pedidos de desculpas soaram muito mal e desceram amargos pelas nossas gargantas tirando todo o prazer que tivemos ao degustar a saborosa comida. Perguntamos ao gerente o que ele fará para que esta situação não ocorra novamente e ele nos respondeu categórica e impulsivamente: isso não vai acontecer mais! Acho que ele se referia a nossa presença no restaurante.


Se você tem a responsabilidade pela solução, apresente-a no momento certo ou de preferência antecipe-se para que o seu cliente não o faça em seu lugar. Cliente: reclame SIM e busque receber tudo aquilo que você pagou por um produto ou serviço.
Conclusão: reclamar é um direito e pode promover a evolução da espécie.
Pense nisso e reclame quando achar necessáro!